domingo, 30 de maio de 2010

A Vida Interior

Guardar o Coração - As Fontes da Vida


Caros,


Continuo meditando em Provérbios 4:23. Guardar o coração porque dele procedem as fontes da vida. Outras traduções “dizem as saídas da vida” (NKJ) ou, simplesmente, “provem a vida” (BJ). Penso que isso significa que a vida é um fluir dinâmico, um movimento, um transformar-se, uma expressão que tem início no sopro (espírito) de Deus sobre a matéria inerte.

O coração é a sede do intelecto, dos sentimentos e da vontade. Sem sua atuação não há vida, nem mesmo a vida biológica pode subsistir sem o comando das funções superiores do cérebro.

Qual é, então, a fonte geradora e sustentadora da vida humana? Os alimentos? A luz do sol, que energiza o planeta e promove as reações físico- químicas que produzem a matéria orgânica? O contexto dessa citação de Provérbios (v. 20-22) sugere que essa fonte geradora de vida é a palavra de Deus, Seus ensinamentos.

O Senhor Deus disse e Seu Filho declarou que “nem só de pão vive o homem, mas de tudo o que procede da boca de Deus”. Da boca de Deus saiu o sopro que lhe deu vida, dela também saem as palavras que são espírito e vida para seu corpo e sua alma.

O coração, a alma, o homem interior é onde recebemos essa comunicação da vida divina e é lá que ela é processada, decomposta e aplicada a cada aspecto de nossa existência. No coração acontecem as mudanças, as reações, as trocas vitais essenciais para a pessoa integral, corpo, alma e espírito. Ou seja, a comunicação do Espírito de Deus, a transmissão de Sua vida no nosso coração opera no nosso pensar, no nosso sentir e no nosso querer. Ai o Senhor derrama, infunde o Seu pensar, o Seu sentir e o Seu querer, produzindo confronto, transformação, fortalecimento.

Nos fomos criados para receber essa comunicação vital e reagir a ela. E isso ocorre no coração, no homem interior. É lá que o Espírito Santo atua regenerando, renovando, purificando, dinamizando, vivificando nossos pensamentos, sentimentos e vontades. Essa não é uma experiência única, estática, mas é um fluir, um jorrar contínuo, como é a vida. Às vezes intensa, às vezes suave, às vezes arrebatadora, às vezes quase imperceptível, mas sempre real e transformadora. Importa, pois, acima de todas as coisas, guardar o coração, para que ele permaneça disponível para receber a comunicação da vida de Deus, limpo, manso, humilde, completamente disponível para Ele.

Graça seja com todos.

Fernando Sabóia


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