sábado, 29 de maio de 2010

Versos no Altar

uma calma, uma voz


um calma profunda
silenciosa e acolhedora
como uma madrugada de domingo
como um longo entardecer
no cerrado

uma voz que me fala sem palavras
mas que se faz ouvir em todos os sons
em todas as quietudes
nas plantas, nas águas
nos movimentos, nos ventos
nos insetos, pássaros e animais
nos seres alados invisíveis
que tudo presenciam

uma calma profunda
e silenciosa
fecunda como o começo dos tempos
intensa como o final de uma longa viagem
permanente como o ser
elevada como o amanhecer


Fernando Sabóia

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