segunda-feira, 22 de novembro de 2021

 Sermão do Monte

 

 

Só encontramos a paz de Jesus

Quando oferecemos livremente

A face ainda não ferida

 

Só desfrutaremos do Seu sustento

Se nos despirmos também da capa

Não demandada

 

Só entramos no descanso do Senhor

Depois de caminharmos a milha

Não exigida

 

Andar com Jesus começa 

Onde as razões humanas terminam

 

Ser Seu discípulo

É olhar apenas para Ele

E n’Ele encontrar

A razão e a loucura

A força e a fraqueza

O começo, o sentido e o fim

De todas as coisas

 

 

Fernando Saboia Vieira

De “Sessenta Anos”

 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Deus recolhe, Deus acolhe

 

 

Feridas no tempo esquecidas

Mas nunca saradas

Caminhos escuros cruzados

Em dilemas herdados

 

Incertos futuros

Vagas lembranças 

 

Deus ouve, Deus recolhe

Deus se lembra, Deus acolhe

 

Era Deus quem eu procurava

Mas Ele não estava perdido,

Escondido em mistérios,

Opaco, de mim esquecido

 

Era eu mesmo quem vagava

Em caminhos perdido,

Escondido em dilemas,

Do meu lar esquecido

 

Deus me ouve

Deus me recolhe

Deus de mim se lembra

Deus me acolhe

 

Fernando Saboia

Jan/Nov/2021/AD

 

De “Sessenta Anos

 

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Meu temores, Teus louvores

 

 

Quando os dias se tornam

Lentos, cinzentos

Quando as palavras ficam

Mudas, confusas

Vou andar em meio

Aos meus temores

Até me encontrar

Com os Teus louvores

 

Meus temores, Teus louvores

 

Se a solidão me acontecer

Imensa, intensa

Se a provação me vier

Sofrida, dolorida

Vou andar em meio

Aos meus temores

Até me encontrar

Com os Teus louvores

 

Meu temores, Teus louvores

 

Num momento passam os dias

E as agonias

Em breve se vão a solidão

E a provação 

Mas para sempre vou estar contigo

Sem os meus temores

Nunca vão me deixar teu amor

E os Teus louvores

 

Meus temores, Teus louvores

 

 

Fernando Saboia

Bsb/out/2021 AD

 

 

 

 

 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

 A vida e o vinho

 

 

Que notas, tons e sabores

Que aromas, nuances e cores

Teria a tua vida 

Se, como a uva, fosse pisada

Esmagada, fermentada

E, como o vinho, degustada?

 

A minha vida

Quisera eu tivesse

Sabores de sorrisos

E de acolhimentos

Com notas de refúgio

E de alentos

 

Aromas de paz e de alegria

Com nuances de esperança

De fé e de harmonia

 

Que tal cores de amores e verdades

Em tons aveludados de misericórdias

Amadurecidos em toneis de amizades?

 

Jesus, que a minha vida,

Como um bom vinho,

Melhore a cada dia

Não de parreira produzida

Mas das águas nascida

Não em caves envelhecida

Mas em Ti mesmo convertida

 

 

Fernando Saboia

Bsb, out/2021 AD