domingo, 29 de março de 2020

Mudança e esperança


O mundo está mais lento.
Talvez não seja tão ruim.
Estávamos mesmo indo rápido demais
E deixando tantos para trás.

O mundo está mais silencioso.
Talvez não seja tão ruim.
Estávamos mesmo falando demais
E ouvindo muito pouco.

Pessoas estão se sentindo sozinhas.
Talvez não seja tão ruim.
Estávamos mesmo acostumados demais
Às ilusórias “presenças” virtuais.

Pessoas estão perdendo a esperança.
Isso é muito ruim.
O caminho do desespero é rápido
Silencioso e solitário.

Esperança é vida na alma.

Esperar é o mais transitivo dos verbos!
Esperamos algo, esperamos alguém.
Esperamos o entardecer
E depois esperamos o amanhecer.
Esperamos a chuva 
E depois esperamos o sol.
Esperamos o dia da partida
E depois esperamos o dia da chegada.
Esperamos começar
E depois esperamos terminar.
Se nada esperamos, já não vivemos.
Desesperar-se é o mais intransitivo dos verbos!

Desespero é morte na alma.

- Quanto mais longa e densa a noite
Mais ansiosamente esperamos
Ver surgir no horizonte
Na Alvorada do Dia eterno
Suave e lindíssima
A Estrela da Manhã.

Fernando Saboia
Março 2020, AD.

quinta-feira, 26 de março de 2020

A Parábola das Dez Virgens

         
Queridos irmãos e irmãs, companheiros de jornada,


O que pode nos manter despertos e vigilantes no aguardo da chegada do Noivo? Nosso amor a Ele, nossa expectativa de encontrá-lo! Se o Senhor é o nosso bem maior, o Amado de nossa alma, manteremos acesa a chama da nossa adoração e permaneceremos atraídos e fascinados por Ele. Nosso maior temor será o de não o encontrar, de não sermos admitidos em sua Presença.
Nessa parábola, as lamparinas representam a medida da nossa capacidade natural de amar e esperar. As vasilhas significam a necessidade que temos de sermos supridos sobrenaturalmente dessas virtudes.
Assim, as virgens prudentes foram aquelas que não confiaram no suprimento de suas lamparinas, mas foram em busca de se manterem abastecidas com uma reserva de óleo adquirida dos fornecedores.  Sem esse recurso também teriam ficado na escuridão. As virgens tolas foram as que negligentemente confiaram no que já traziam em suas lâmpadas. E ficaram em falta de luz e excluídas da festa.
O óleo representa a ação do Espírito Santo que nos enche de luz e calor, isto é, de entendimento e de amor. O que nos mantém despertos e vigilantes é nosso amor a Deus, gerado no nosso coração pelo Amor de Deus, que nos é continuamente derramado pelo Espírito.
A noite se adianta e todos nos sentiremos enfraquecidos e sonolentos. Essa é a nossa condição humana. Precisamos nos abastecer do óleo do Espírito Santo para sermos supridos em nossas carências e debilidades, enquanto esperamos e vigiamos.
Como obter esse combustível? Numa palavra, amando a Deus de todo nosso entendimento, força, pensamento, sentimento, vontade, mente e coração. Como podemos crescer nesse amor a Deus? Recebendo o amor de Deus em nossas vidas, manifestado em suas obras e bênçãos, no seu cuidado, na comunhão do Espírito, na vida da Igreja e, especialmente, na graça que nos foi concedida em Jesus. Quando conhecemos e reconhecemos esse amor, nos tornamos seus filhos, seus obedientes servos e adoradores, manifestando continuamente nosso louvor e ações de graças e buscando nele socorro e suprimento.
Quem ama espera, e espera com expectativa, antecipando a cada momento a alegria do encontro com o amado. Se não sabemos quando Ele vai chegar, precisamos fazer de cada dia e de cada momento uma preparação para sua vinda.
Irmãos e irmãs, queridos companheiros de jornada e de vigília nessa noite que já vai longa, vamos nos encher da certeza do amor de Deus por nós e da expectativa da grande festa que está sendo preparada para nosso encontro com Ele. Quando entrarmos por suas portas eternas nos seus átrios reais e nos depararmos com o banquete servido e principalmente com sua Presença gloriosa, todo o tempo de espera nos parecerá um breve instante e toda lembrança da aflição, das dores e dos temores da noite desaparecerão como as trevas somem à luz do dia.
Tenhamos bom ânimo e esperemos no Senhor.

“Certamente venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:20).

Que a suficiente graça de Jesus seja com o espírito de vocês.

Em 26 de março de 2020, AD.

Seu conservo e companheiro de jornada e de vigília,


Fernando Sabóia


quarta-feira, 25 de março de 2020

Novo vírus, antiga humanidade


         “No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. ... Any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”. 

John Donne (1572 – 1631)


I

Nosso mundo tão moderno, agitado
Ruidoso, musicado
Tão colorido, cintilado
De repente quieto, calado
Perplexo, cinzento

Silêncios nas ruas
E nas pessoas que passam 
E se apressam
Distanciando-se umas das outras
Máscaras e não rostos
Escudos e não roupas

As certezas se tonaram dúvidas
As agendas se esvaziaram
Os planos, sonhos e fantasias
Foram travados pela realidade 
E necessidades:
Uma dura lição da fragilidade e simplicidade
De valores que não estão cotados nas bolsas
Nem nos mercados
Mas nos nossos corações

O deserto na cidade, o desalento na alma:
Ilusórias conexões virtuais não nos bastam
Ainda queremos afetos e abraços
Somos uma raça presencial


  
II
         

Ruas e agendas desertas
Mentes em confusão
Solitude ou solidão?

Presentes e futuros incertos
Distantes presenças
E próximas ausências
Sanidade ou demências?

Perguntas poucas
E agoniadas
Respostas muitas
E desencontradas

Uma só humanidade
Um só destino

Uma voz do passado
Traduzida para hoje:
“Nunca pergunte de quem as estatísticas falam,
Elas falam de você”                 


  
III


As chuvas que encerram Março
E introduzem o Outono
Me lembram que o Planeta ainda orbita
Um Sol que passeia
Numa Galáxia que ninguém sabe
Para onde vai

Deus está novamente a unir a humanidade
Com a agulha da aflição e o fio do tormento

Somos uma só raça
Temos um único Criador
Estamos fadados a um só encontro final
Com Aquele que é o Princípio de tudo

Precisamos de uma só salvação
Para o vírus que mata o corpo
Para o egoísmo que mata a alma




Fernando Saboia Vieira
Março 2020, AD


segunda-feira, 23 de março de 2020

Parábolas para o Tempo Presente

Mateus 24 e 25

A Parábola dos Dois Servos


Queridos irmãos e irmãs, companheiros de jornada,

         Há evidentes sinais de perturbação no mundo. Muitos cristãos têm-se voltado nesses dias aos textos sagrados em busca discernimento e compreensão dos tempos que vivemos na expectativa de saber em que momento da dispensação estamos e da possível iminente volta do Senhor.
         Precisamos, de fato, estar a todo momento preparados para o retorno do Filho do Homem a esta Terra, mesmo porque, a despeito dos esforços dos mais eruditos e hábeis escatologistas, Jesus nos garante que ninguém saberá o dia e a hora de Sua vinda, pois Ele virá quando menos esperarmos!
         Após falar aos seus discípulos sobre os eventos finais da história humana que precederão o Seu retorno, Jesus foi enfático ao dizer a eles que era necessário que vigiassem. Nós precisamos vigiar. Mas o que isso significa em termos de nossa vida cotidiana? Fiscalizar o cosmos e os noticiários? Discernir os acontecimentos naturais e sociais, a política e a economia? Medir o grau de iniquidade do mundo e de apostasia da Igreja?
         Não sei muito sobre essas coisas. Pretendo me aprofundar nelas, agora que já estou na última quadra de minha peregrinação terrena. Mas sei que o Senhor nos deu orientações claras sobre esses tempos difíceis em três parábolas no seu assim chamado Sermão Profético, registrado em Mateus 24 e 25: a parábola dos dois servosparábola das dez virgense a parábola dos talentos.
         Aparábola dos dois servosnos fala sobre nosso cuidado e serviço uns para com os outros, como despenseiros da multiforme graça de Deus. Cada um de nós é, em alguma medida, responsável pelo suprimento dos outros. Temos que repartir com os demais o que o Senhor nos tem confiado de bens e recursos materiais e espirituais. A Igreja deve ser uma comunidade de comunhão, de amor, de socorro e sustento recíprocos.
         Em épocas de crises e de escassez, assim como nos momentos de fartura e tranquilidade, tendemos a nos tornar egocêntricos, a utilizar todos os nossos recursos conosco mesmos. Mas, como Igreja de Deus, como discípulos de Jesus e como despenseiros do Espírito Santo não estamos autorizados a sermos egoístas, a gastar todos os bens e capacidades a nós concedidos no cuidado conosco mesmos!
         Dizemos que somos imitadores de Jesus, que queremos viver como Ele, andar como Ele, fazer a vontade d’Ele. Caros, se não queremos ser condenados juntamente com os hipócritas, como disse Jesus, precisamos viver o Evangelho e não negar nosso Mestre diante de qualquer circunstância ou adversidade.
         Temos um depósito de riquezas, de recursos e de graça para distribuir e socorrer os nossos irmãos e conservos. O mundo precisa dessa nossa ação e testemunho. Como foi no princípio, com a Igreja nascente em Jerusalém, deverá ser por toda parte, até que Ele volte (Atos 2:42-47; 4:32-37) 
Com ou sem corona vírus, o mundo seguirá sendo mundo e vivendo a soberba, a opressão e iniquidade. A Igreja precisa continuar a ser Igreja, humilde, libertadora e santa, sem permitir que o amor esfrie em todos.
Irmãos queridos, não sabemos o dia e a hora da Vinda do Senhor. Os tempos apresentam sinais aos quais devemos atentar. Que Ele, ao voltar, nos encontre cuidando uns dos outros, suprindo uns aos outros, socorrendo uns aos outros, servindo uns aos outros, animando uns aos outros, amando uns aos outros, como despenseiros da multiforme graça de Jesus. Nisso o mundo reconhecerá que somos Seus discípulos!

Que a suficiente graça de Jesus seja com o espírito de vocês.

Em 23 de março de 2020, AD.

Seu conservo e companheiro de jornada,


Fernando Sabóia


         

         

domingo, 22 de março de 2020

“O Senhor é quem vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes”
Deuteronômio 31:8


         Queridos irmãos e irmãs, companheiros de jornada,


         Muito jovens ainda decoramos esse versículo e o contexto dessas palavras de Moisés a Josué. Depois de 40 anos de peregrinação pelo deserto, o povo de Deus se via novamente diante do desafio de cruzar o rio Jordão para entrar na posse da Terra da Promessa.
         Incertezas, medos, inimigos à frente, um país desconhecido. Josué teria que conduzir não um exército, mas famílias, com seus bens, seus rebanhos, suas crianças e velhos. Moisés, o grande líder e profeta, não os acompanharia nessa empreitada. Mas Deus sim.
         Muitas vezes, ao longo da vida, nos vimos em situações assim, com muitas inseguranças adiante, mas sempre pudemos contar com a promessa de que nosso Deus vai adiante de nós e está sempre conosco. Ele conhece o desconhecido, conhece nossas fragilidades e receios, está sempre no controle de todas as coisas, mesmo nos momentos de tumultos e convulsões, quer naturais, quer humanas
No presente momento, estamos compartilhando, com nossas famílias, congregações, concidadãos e coabitantes do Planeta uma situação não esperada, nesse início de século XXI, que está a colocar em questão a capacidade da humanidade de prover sua própria segurança e futuro. Afinal, somos uma só raça, herdamos a mesma natureza de nossos primeiros pais e estamos sujeitos às mesmas consequências do pecado.
No entanto, como povo e família de Deus, sabemos que se o Senhor permite que sejamos provados é para que nossa fé seja aprovada e que possamos experimentar Sua graça manifestada como socorro e alento. Temos uma esperança inabalável no Pai. O que quer que venhamos a enfrentar, Ele estará conosco, e não nos desamparará. E, afinal, nos receberá na Sua Glória.
Vamos nos animar uns aos outros, nos consolar uns aos outros, nos edificar uns aos outros, socorrer uns aos outros. Vamos atender aos aflitos e necessitados que não conhecem ao Senhor. Vamos prosseguir juntos, da maneira como pudermos.
Precisamos ter cuidado com as muitas vozes que nos trazem mensagens conflitantes. Precisarmos ser sóbrios e criteriosos para receber e repassar informações que sejam procedentes e úteis.
Atender aos governantes e autoridades e nos lembrarmos sempre de orar por essas pessoas. Precisamos ser sal e luz e mostrarmos a todos a razão de nossa esperança, que não está em homens nem em governos, mas apenas no Senhor.
Embora geograficamente isolados, não devemos estar sozinhos. Na comunhão dos santos, no amor fraternal, no compartilhamento da graça de Jesus encontramos alento, socorro, alimento e poder para seguir adiante.

Estamos à disposição de todos.

Que a suficiente e poderosa graça de Jesus seja com o espírito de cada um de vocês. Perto está o Senhor! Ora, vem, Senhor Jesus!

Em 22 de março de 2020, AD.

Seu conservo e companheiro de jornada,

Fernando Sabóia





Tua Graça


Tua graça me diz quem eu sou
Bom e mau
Mas sempre amado
Forte e fraco
Mas sempre sustentado
Sábio e tolo
Mas sempre guiado
Corajoso e tímido
Mas sempre perseverando

Ela me diz para onde ir
Mesmo quando não há caminho
Que tudo é possível 
Em meio às impossibilidades
Que eu tenho uma morada
E uma família eternas
Ainda que passem os céus e a terra

Tua graça é a força e é o descanso
Nas lutas e provações
É a alegria e a glória
Nas celebrações e vitórias
É o frescor nos dias de sol e fadigas
E é o conforto nas noites de tempestade
É a partida e a chegada
De todas as jornadas

Ela me faz olhar mais para Ti
Para o Teu rosto resplandecente
Para Teu governo soberano 
E menos para mim
Menos para as circunstâncias

Tua graça me faz andar mais na Tua luz
A verdadeira luz que a todos ilumina
E menos nas minhas trevas
Menos nas luzes enganosas deste mundo

Tua graça, Senhor, é melhor do que a vida
E os meus lábios Te louvam!


Fernando Saboia Vieira
Março/2020 AD

quinta-feira, 19 de março de 2020

Mensagem do Horácio sobre o corona vírus

Caros irmãos e irmãs,

                          Ontem, ao chegar em casa, cumprimentei minha família com sorrisos e palavras alegres, mas não toquei em ninguém. Imediatamente fui lavar as mãos, pois eu quero ser bênção para eles, e não portador de problemas ou enfermidades. Hoje de manhã vi que as misericórdias do Senhor mais uma vez se renovaram, pois não fomos consumidos, conforme está escrito: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são a cada manhã (Lamentações 3:22-23). E continuei com os cuidados que têm sido recomendados pelas autoridades de saúde do Distrito Federal. Orei, pedindo a graça de Deus sobre todos, especialmente os da minha família e da igreja, e por sabedoria para nossas autoridades, para que recebam do alto direção sobre como melhor conduzir o país neste contexto de risco de contágio.
                             Sinto completa paz no coração. Nada pode me separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus. Como está escrito:  Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos 8:38-39). Nem o corona vírus, nem os erros e acertos dos governantes, do Brasil e de outros países. Façamos do nosso Pai nosso alto esconderijo, pois sob suas asas estamos e estaremos seguros (Salmo 91).
                              Tenho meditado muito sobre esse novo contexto que nos cerca, pois precisamos discernir os acontecimentos a partir da perspectiva de Deus, conforme revelada nas Escrituras Sagradas. Creio que foi por direção do Espírito Santo que iniciamos há pouco mais de três semanas leitura e ensino expositivo da carta de Paulo aos Filipenses, pois ela me tem iluminado acerca desse momento atual. Passo a compartilhar alguns pensamentos. 
                              Essa carta fala de morte e de vida, de enfermidade grave e prisões. Quando pregou o evangelho em Filipos, Paulo e Silas, então seu companheiro de ministério, foram açoitados com varas, e presos. Movidos pelo Espírito Santo, puseram-se a orar e cantar louvores a Deus em voz alta, de modo que todos os presos os ouviam. Houve terremoto, as portas se abriram, e foram soltos das cadeias. O resultado foi glorioso: o carcereiro e toda sua família foram salvos, e muito se alegraram com isso. Quando escreveu a carta, vários anos depois, Paulo estava novamente preso, dessa vez em Roma, próximo ao palácio de César. Paulo tinha diante de si dois cenários, dois possíveis caminhos para sua vida. Estava sendo julgado por César, e havia a possibilidade de ser condenado à porte. Por outro lado, sabendo das orações dos irmãos, e tendo depositado em Cristo sua confiança, também tinha esperança de ser liberto, e rever os irmãos em Filipos (Fil. 1:26). Ao meditar na sua situação, Paulo concluiu que viver é Cristo, e morrer é lucro (Fil. 1:21).
                               Para Paulo, a única razão pela qual valia a pena continuar vivo era seu ministério, de pregar o evangelho aos gentios e edificar a igreja. Anunciar Jesus aos que ainda não ouviram as boas novas do evangelho, e conduzir à plenitude de cristo os que se converteram, e agora estão na caminhada rumo ao pleno conhecimento do Filho de Deus, essas são as razões que levavam Paulo a preferir continuar vivo. Não fosse isso, morrer e ir ao encontro do seu amado Jesus seria muito melhor! Creio que o Senhor está balançando toda a humanidade para produzir essa mesma reflexão. Se alguém vive para curtir as programações esportivas, elas cessaram. Se alguém tem como grande busca na vida viajar muito, conhecer vários lugares, e curtir esse estilo de vida, isso agora está bloqueado. Em Brasília, há muitas pessoas que fazem do cuidado pessoal a grande razão do viver, e investem muito tempo e dinheiro em academias, um culto ao fitness. Por ora, também isso está limitado. Aqueles que emigraram para a Europa ou para os Estados Unidos em busca de segurança, agora estão sem chão debaixo dos pés.
                               Se seu viver não é Cristo, se você tem como grande alvo na vida qualquer outra coisa que não o Senhor e Seu Reino, então para você morrer não é ganho, é perda total! 
                              Mas a morte não começou com o corona vírus. Pessoas morriam antes do vírus, e continuarão morrendo depois que essa pandemia passe. Todos os que estão vivos morrerão um dia, com ou sem o vírus, a não ser que Jesus retorne antes, e todos os que morreram, é porque antes estavam vivos. Assim, no atual estado da criação, estragada pelo pecado do homem, morte e vida estão inseparavelmente ligadas. Isso só cessará quando o Senhor voltar, e ressuscitar os que perseveraram até o fim. Somente então a morte será vencida pela vida, aleluia! 
                              Para você, a morte representa ganho ou perda?
                               Em outro trecho da carta, Paulo se mostra muito feliz, aliviado, pela recuperação da saúde do irmão Epafrodito. No seu zeloso serviço de levar as dádivas da igreja de Filipos a Paulo, missão que levou a cabo pelo menos três vezes, houve situação em que quase morreu (Fil. 2:27), o que deixou Paulo e os Filipenses muito tristes. A notícia da sua recuperação foi motivo de alegria para o Apóstolo, que se apressou em enviar Epafrodito de volta a Filipos, para que aqueles irmãos também se alegrassem. Há hoje pessoas gravemente enfermas, como Epafrodito esteve, seja por causa do corona vírus, seja por qualquer outra causa. A misericórdia de Deus, exemplificada em Paulo a favor de Epafrodito, deve encher nossos corações, e nos levar a ajudar no que podemos. Orar pelos enfermos, consolar, animar, levar a palavra da vida. Quando os médicos conseguem curar alguém, isso não livra a pessoa de morrer no futuro, leve pouco ou muito tempo. A medicina não salva da morte, isso só Jesus faz!
                              Se a mortandade aumentar ao nosso redor, nossa tarefa amorosa é anunciar com mais fervor, amor e compaixão, a palavra da vida. A cura de uma enfermidade propicia um prolongamento da vida, mas só Jesus dá a vida eterna!
                              Há uma batalha espiritual feroz em andamento. Deus está abalando os alicerces do orgulho humano, para que haja arrependimento. Ele deseja derramar sua graça, mas não pode fazer isso quando o orgulho e a vaidade humana imperam. Em vários trechos, as Escrituras afirmam que Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. Se as nações, se a igreja, se as cidades se arrependerem diante do Senhor, ele derramará superabundante graça. O corona vírus tornou real a percepção da possibilidade da morte, algo que sabemos mentalmente, mas que não cai facilmente nos nossos orgulhosos corações. Oremos por um mover de humildade e de dependência de Deus, para que as fontes da graça mais uma vez jorrem sobre nós.
                             Por outro lado, Satanás usa o medo da morte para escravizar os que se deixam dominar por esse pavor (Hebreus 2:14-15). O medo instintivo da morte é normal, mas o inimigo usa esse medo em nível exacerbado para aprisionar as pessoas de tal modo, que se quedam imobilizadas, paralisadas, incapazes de viver. A ânsia desenfreada pela vida leva ao egoísmo, e a atitudes desumanas. Se o medo da morte virar o sentimento mais dominante na vida, o resultado é escravidão cruel, pois nada que seja feito pode livrar alguém da morte, exceto o poder da ressurreição do Senhor Jesus! As pessoas estão se voltando para os governantes, para os profissionais da medicina, em busca de esperança e vida. Eles têm um papel a cumprir, e oremos para que o façam bem, mas nossa esperança tem que estar no Deus todo poderoso, criador dos céus e da terra, doador de toda vida e nosso Pai Celestial. Em Jesus, nosso redentor e bom pastor, senhor absoluto nos céus e na terra. A morte não pode segurar Jesus, aleluia! Porque ele vive, nós vivemos e viveremos. 
                              Como você está reagindo ao medo da morte? 
                              Olhando para o futuro próximo, é certo que, em algum momento, essa praga cessará. Mas o Espírito Santo me faz ver que, quando isso ocorrer, o mundo não voltará a ser exatamente como era antes do corona vírus. A maneira de viver como a conhecíamos antes dessa pandemia não retornará igual. Antevejo uma nova "normalidade", pois a cultura globalizada está fortemente abalada. Que o Senhor nos dê discernimento profético para antever como será esse novo mundo. Provavelmente compartilharei mais sobre isso na próxima mensagem.
                               Cuide da sua saúde, cuide dos que estão mais expostos. Ore por todos, tenha misericórdia dos que sofrem, e traga para eles o consolo de Deus. Como diz o Salmo 125, os que confiam no Senhor, são como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre!

                                AVISO IMPORTANTE PARA A NOSSA CONGREGAÇÃO: Conversei com o Damião e com outros irmãos, e estamos suspendendo as atividades do próximo final de semana: a reunião dos jovens no sábado, o culto do domingo e a aula de inglês da segunda-feira. Orientamos que os irmãos se reúnam em grupos menores, duas ou três famílias. Se possível, nos avisem dessas reuniões menores, que faremos o possível (o Damião e eu) para estar presentes, para compartilhar da palavra. Os grupos caseiros ficam livres para manter o encontro normal, ou dividi-lo em grupos menores, caso o número de pessoas seja muito grande. Qualquer dúvida, falem conosco.

                              Graça e paz!
                              Horácio Saboia

segunda-feira, 16 de março de 2020


A Oração do Reino

O Diálogo Reestabelecido

“Precisas de um templo para orar? Ora em ti mesmo. Sê um templo de Deus e Ele ouvirá tuas orações.”
Santo Agostinho


                                                                     Brasília, em março de 2020,AD.

           

Queridos companheiros de jornada em busca da vida interior,


O diálogo interrompido no Jardim do Éden, quando o Senhor falava livremente com Adão e Eva no frescor das tardes, foi retomado com a manifestação da Palavra que se fez carne e habitou entre nós. Contudo, os anos de silêncio e de comunicação distorcida fizeram com que os homens não mais soubessem como participar dessas conversas com o Pai de maneira a permitir o fluir do Verbo Eterno, da palavra “viva e eficaz”, que nos revela, ilumina, transforma.
Assim foi que os discípulos de Jesus, vendo a intensidade e qualidade de Sua comunhão com o Pai, logo lhe pediram: “Senhor, ensina-nos a orar“. (Lucas 11:2-4). Não se tratava de buscar instruções sobre uma prática religiosa. Como judeus, eles sabiam muito bem recitar as orações dos ritos da lei mosaica. Mas percebiam que na vida do Filho do Homem essa comunicação com o Pai tinha uma dimensão muito diferente. Era uma conversa contínua, poderosa, reveladora, capaz de fazer fluir a Presença e a vontade de Deus.
“Senhor, ensina-nos a orar”. A instrução de Jesus sobre oração no Sermão do Monte não tinha o propósito de transmitir um método ou um novo ritual litúrgico. Muito ao contrário. Todo o contexto de suas palavras aponta para a nova dimensão de relacionamento entre Deus e os homens proporcionada pela chegada do Reino, especialmente com a recuperação da condição de filiação divina perdida com a Queda. Diversas vezes o Senhor se refere ao acesso que os discípulos têm agora ao Pai celestial, e destaca a repercussão desse status em tudo o que somos, vivemos, fazemos, sentimos, desejamos, falamos, experimentamos – “perfeitos, como perfeito é o Pai celeste”.



O AMBIENTE DA ORAÇÃO


            “Fecha a porta do teu quarto”, diz Jesus. A oração, como uma conversa íntima, precisa ser resguardada da ostentação piedosa para que não se torne uma prática religiosa vazia. Quando vamos a orar, vamos em busca de relacionamento pessoal, de contato de alma, de aproximação de coração. Não podemos fazer disso uma obra espiritual por meio da qual buscamos algum mérito diante dos homens ou mesmo de Deus. Como escreveu Bonhoeffer, é necessário que pratiquemos a justiça do Reino escondidos até de nós mesmos!
            Jesus nos ensina a orar ao Pai “que está em secreto” e que “vê em secreto”. Deus só pode ser encontrado intimamente “em secreto”, onde Ele está, porque a Presença d’Ele que buscamos não é geográfica (nesse sentido Ele está sempre em toda parte!), mas pessoal e comunicativa. Da mesma maneira, é claro que Deus vê todas as coisas, mas Ele recompensa de modo especial as que Ele vê “em secreto”.
            E qual seria essa recompensa que podemos esperar dessas nossas conversas particulares com o Pai? Lembro-me aqui de Bernard de Clairvaux, quando diz que Deus tem bênçãos e graças ricas e variadas para dar aos que O buscam, mas a dádiva mais preciosa que Ele quer nos oferecer é Ele mesmo! Esse, penso, é o bem inestimável da intimidade com o Senhor: estar com Ele, estar n’Ele, ser preenchido e atravessado pela Presença, conhecer e pertencer a Ele. Nas palavras do Apóstolo, “ser encontrado nele”!


O ESPÍRITO DA ORAÇÃO

Os gentios também tinham seus rituais religiosos e oravam aos seus deuses. Contudo, como não conheciam a Deus como Pai, oravam – e ainda oram - com ansiedade, cheio de conflitos, tentando convencer a divindade a quem dirigem suas petições fazendo da oração uma prática piedosa, sacrificial, ou esotérica, repetindo exaustivamente fórmulas e palavras místicas.
A oração não deve ser apenas uma descarga emocional, uma experiência de conforto psicológico, emocional ou religioso. A oração é uma experiência espiritual que atinge todo o nosso ser – razão, emoção, vontade. Ela só é possível porque Deus deseja esse encontro e a ele nos convida, e é Ele mesmo, por meio de Seu Espírito atuando em nosso ser, quem conduz o diálogo.


“Não façam como os gentios”, diz Jesus. “Vocês têm um Pai nos céus”. Deus é nosso Pai. Em Seu Ser infinito, Ele reúne amor, autoridade e santidade. Nas conversas conosco, Ele quer revelar Seu caráter e Seu propósito. Nele temos nossa verdadeira identidade, nossa origem e nosso destino.
Como Ele conhece nossas necessidades, que podem, aliás, ser muito diferentes dos nossos desejos, nos achegamos a Ele sem ansiedades e sem conflitos. Ao contrário, acalmamos nossa alma com a certeza de que o Pai nos conhece, nos protege e nos supre. Quando colocamos nossas petições diante d’Ele é para expressar nossa confiança e nosso desejo de dependermos d’Ele, e para que Ele se manifeste concretamente em nossas vidas.
Uma vez que a oração é uma experiência espiritual é não psicológica ou emocional, ela bem pode ser uma passagem pelo deserto, uma travessia de lugares áridos e desérticos, quer por conta de situações e circunstâncias da vida, quer por condições da nossa alma. Mas especialmente em tais ocasiões é que a oração se revela poderosa e transformadora.


PREPARAÇÃO

Como encontro pessoal e íntimo, a oração requer um ambiente adequado, tanto exterior quanto interior. Ele é uma experiência de comunicação, de diálogo, de Presença de Deus, como acontecia com Adão e Eva ao frescor das tardes.
“Fecha a porta do teu quarto” significa não apenas a busca de um lugar de solitude, longe dos olhares das pessoas e das perturbações do mundo exterior, mas também um convite ao recolhimento. Pouco adiantará fecharmos a porta do quarto se trouxermos para dentro do recinto, reverberando e acolhidos na nossa alma, todos os barulhos, ruídos, conflitos, discussões, desejos, conceitos, emoções e pensamentos que tumultuam nosso cotidiano.
Quando vamos nos encontrar com alguém a quem especialmente amamos, concentramos nossa atenção e cuidado na antecipação desse momento, e nos enchemos de expectativa e de pensamentos sobre a pessoa querida, nos lembrando de suas características, virtudes e qualidades e de quão preciosa ela é para nós. Do mesmo modo precisamos nos preparar para essas conversas com o Pai.
Um dos fundamentos da oração do Reino é a certeza de que Deus já sabe. Não temos que convencê-lo de nada. Ao contrário. Muitas vezes, nós é quem não sabemos quem somos e do que necessitamos. Mas nos aproximamos d’Ele com confiança porque Ele mesmo, nosso Pai, nos convida para essa conversa.
Lembrando, Richard Foster, orar é mudar. Se não estivemos dispostos a mudar, não iremos muito longe na experiência da oração. Não se pode estar na Presença de Deus sem ser transformado, sem refletir no rosto o brilho de Sua glória.


A ORAÇÃO DO SENHOR

            Ao meditarmos sobre a oração que Jesus nos ensinou, é útil lembrar que ela nos ajuda a compreender alguns eixos fundamentais que devem orientar nossa vida: o da verticalidade, ou seja, a atenção às “coisas do alto”; o da integralidade, que nos indica que o Senhor quer atingir nossa pessoa inteira; e o da simplicidade, que nos leva a discernir o que é essencial e necessário do que é superficial e supérfluo.
            Propomos, a seguir, um breve roteiro de meditação no Pai Nosso. É muito importante que o espírito dessa oração nos acompanhe em tudo o que fazemos e dizemos, e em todas as nossas petições e súplicas ao Senhor.
           

a)       “Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome”

Lembramos aqui nossa condição de filhos, de pertencentes à família de Deus. Essa é nossa identidade individual e também coletiva.

Deus é transcendente, infinito, habita “o alto e santo lugar”, todo perfeito e todo poderoso. É a Ele, o Criador de todas as coisas, a quem nos dirigimos.

O seu nome é santo, separado de todo mal. É esse nome que levamos, como filhos, e esse nome deve ser sempre honrado e preservado. Ele é o nosso amor, nosso temor e nosso Deus.         

...................................

b)      “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como nos céus”

Muitas vezes oramos buscando ver a realização do nosso próprio reino, dos nossos conceitos e ideias. Queremos prevalecer sobre os demais e ver as coisas sendo feitas à nossa maneira. Queremos impor nossas preferências, resolver nossos conflitos e ansiedades à nossa maneira.

Quantas vezes nossa oração não está repleta das nossas vontades? Não é errado expressarmos a Deus o que queremos, desde que estejamos sempre dizendo a Ele que deve prevalecer a vontade d’Ele, e não a nossa, toda as vezes em que elas estiverem em conflito.
Mas para isso é necessário que busquemos e peçamos que Ele nos revele a Sua vontade e que Ele também revele a verdadeira condição do nosso coração.

Se pedimos que o Reino de Deus venha sobre nós, precisamos começar nos dispondo a obedecer a vontade do Rei, sem o que nossa oração se tornará vazia e hipócrita.

Que o Seu Reino venha e Sua vontade seja feita na minha vida inteira!
Venha o seu Reino nos meus pensamentos, nos meus desejos, nas minhas vontades, nas minhas ideias, nos meus relacionamentos, nas minhas palavras, nas minhas ações.

Quando peço que seja feita a Sua vontade e medito sobre qual a vontade de Deus para cada situação e para cada disposição pessoal minha, sou imediatamente confrontado pela revelação de quanto sou mal, mesquinho, malicioso, egoísta, soberbo e confuso. Mas continuo orando, agora com mais intensidade e necessidade: seja feita, Senhor a tua vontade, e não a minha, venha o Teu Reino, Jesus, e não o meu!

Venha, Senhor, o Teu Reino e seja feita a Tua vontade neste meu dia, nesta minha noite, em cada momento de minha vida!

...................................................

c)      “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”

É do Senhor que provém nosso sustento. Não do esforço do nosso trabalho ou do favor de qualquer pessoa. N’Ele depositamos nossa confiança. Dependemos d’Ele, mas como filhos dependem do Pai.

Pedir o pão “de cada dia” expressa nossa contínua necessidade da provisão de Deus. Renunciamos à busca de independência e de suficiência em nós mesmos ou em recursos materiais. Nos lembramos de que se o Senhor não nos abençoar inútil será nosso trabalho e nossas fadigas.

Ao orarmos dessa maneira também somos chamados a refletir sobre o que de fato nos é necessário e separar nosso coração das muitas coisas que por vezes desejamos e buscamos, mas que não nos são essenciais ou nem mesmo importantes.

...........................................

d)     “E perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores”

Necessitamos diariamente de perdão tanto quanto de pão. Sem perdão nossa alma definha, vítima de sua própria contaminação.

Como filhos da Luz, precisamos andar na luz, como Ele na luz está. 

O Senhor disse que são os limpos de coração que verão a Deus.

Também somos chamados a nos comprometermos em perdoar os que nos ofendem, uma vez que o perdão é o canal pelo qual flui a graça de Deus, da qual tanto necessitamos. Jesus reforçou esse ponto dizendo enfaticamente que se não perdoamos os que nos causam danos também não seremos perdoados.

............................................

e)      “Não nos deixeis cair em tentação”.

As tentações nos sobrevirão e não podemos ter a pretensão de a elas sermos capazes de resistir sozinhos. Precisamos da graça e do poder do Espírito para discernir os perigos do caminho, para escrutinar o nosso coração e para nos comunicar virtude e santidade.

...........................................

f)       “Mas livrai-nos do mal”

Somos frágeis diante do mal que assola este mundo caído. Ações de pessoas escravas do pecado, enfermidades, carestias, intempéries, guerras, injustiças, opressões.

O “mal”, nessas palavras de Jesus, também significa o Maligno, o inimigo de nossa alma. Há poderes espirituais tenebrosos em ação neste mundo e precisamos pedir diariamente ao Senhor livramento.

            ...........................................


g)     “Pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre”.

Ao final da oração voltamos ao início, e declaramos que a Ele pertencem o reino, o poder e a glória para sempre. E nos incluímos nessa adoração e reconhecemos que também nós pertencemos a Ele, que somos parte desse Reino, que sustentados por esse poder e que vivemos para Sua exclusiva glória.

            Finalmente, irmãos e irmãs, essa não é uma oração para ser simplesmente aprendida e repetida. Deve ser objeto de nossa meditação cotidiana e deve ser a inspiração e o espírito de todas as nossas conversas com o Pai.

            Mais ainda, deve ser o estilo de vida que vivemos e que buscamos viver a cada dia, em simplicidade, integridade e comunhão com nosso Pai que está nos céus e que também está em secreto, que nos vê na nossa intimidade e que nos abençoa com Sua Presença.

            Que a suficiente graça de Jesus seja com todos vocês.

            Seu conservo,

            Fernando Saboia Vieira