sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Contentamento

Companheiros de Jornada em busca da vida interior,

Minhas meditações sobre a jornada várias vezes me levaram, nos últimos anos, ao tema do contentamento. Chegou o momento de compartilhar alguns pensamentos sobre essa condição espiritual tão desejável e agradável ao Senhor.
Embora o texto tenha ficado um pouco longo, ainda é o esboço de uma palavra que foi compartilhada originalmente de viva voz. Há, assim, algumas lacunas que espero um dia poder preencher.

Que a graça de Jesus seja com todos neste final e início de ano.

Fernando Sabóia Vieira

 
CONTENTAMENTO

(Fernando Sabóia Vieira)
Filipenses 4:11
1ª a Timóteo 6:6-9

 autarkes, autarkeias”, “autarkes”, “autarkeias” suficiente para si mesmo; forte o bastante ou que produz o suficiente para não necessitar de auxílio ou apoio; independente de circunstâncias externas; contente com sua sorte ou fortuna com os recursos de que possui, ainda que limitados.
 

I – O QUE É CONTENTAMENTO E QUAL SUA FONTE
 
        “Contentamento” não é uma expressão de alegria intensa, de júbilo, mas, sim, de preenchimento, de saciedade, de suficiência.

         De fato, contentamento não tem a ver, essencialmente, com alegria ou tristeza, com ter muito ou pouco, mas com a confiança de que a providência de Deus sempre garantirá os recursos e meios necessários para nosso sustento e para o cumprimento de Seus propósitos em nossa via.

         Encontramos, ao longo da história do povo de Deus, expressões marcantes desse contentamento buscado e experimentado no Senhor:

 
·         “O Senhor é meu pastor, nada me faltará” (Salmo 23:1).

·         “No teu nome e na tua memória está o desejo da nossa alma” (Isaías 28:8).

·         “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmo 42:2).

·         “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida” (Salmo 27:4).

·         “Minha graça de basta” (2ª Coríntios 12:9).

·         “Pouco é necessário ou mesmo uma só coisa” (Lucas 10:42).

·         “O tesouro oculto” (Mateus 13:44).

·         “A pérola preciosa” (Mateus 13:45-46).

 
         A fonte do contentamento é a comunhão íntima como o Deus Todo Suficiente. Um autor do século XVII, Jeremiah Bourrougs, escreveu um livro sobre o contentamento a que chamou de “jóia rara do cristianismo”. Essa obra tem uma edição resumida, em português, com o título “Aprendendo a Viver Contente”, publicada pela PES, e vale a pena ser lida.

         O contentamento, nas palavras do Apóstolo, é um aprendizado, produto de experiências ao longo de uma caminhada com Deus, da vivência de Seu chamado. Seus frutos são excelentes para a vida do discípulo, tornando-o uma pessoa plena em Deus.

         Por outro lado, o descontentamento é uma condição nefasta para a alma, produto de falta de fé e de inclinações e temores carnais, e coloca a pessoa em graves riscos de pecado e de debilidades.


 II – VIVENDO NUM MUNDO DE DESCONTENTES
 
        O “descontentamento” é uma filosofia de vida e um pseudo valor imposto pela sociedade moderna, que se move pelo materialismo, pelo consumismo e pela busca constante de satisfação egocêntrica.

         A propaganda a que todos somos continua e intensamente submetidos tem como objetivo nos manter permanentemente descontentes e insatisfeitos:

 
·         Com o que temos

·         Com o que fazemos

·         Com o que somos em termos de aparência, imagem, personalidade etc.

·         Com nossas realizações pessoais

·         Com onde vivemos

·         Com nossos relacionamentos

 
Esse descontentamento, induzido continuamente, move a máquina do poder econômico e político numa sociedade capitalista e midiática.

A filosofia fundante dessa mentalidade é o humanismo romântico, secular, materialista, hedonista, egocêntrico. Ela produz uma desconexão com a realidade, incentiva vidas artificiais, virtuais.

Esse quadro de descontentamento é triste na infância, pois faz com que as crianças desde cedo sejam estimuladas ao consumismo, à satisfação de todos os desejos e vontades, a uma visão secular e materialista da vida. Não aprendem a reconhecer a graça de Deus e os valores espirituais.

É perigoso na adolescência, uma vez que faz os jovens caminharem rapidamente para as drogas, para a busca desenfreada de prazer, para o consumismo. Sentem-se desajustados, deslocados, incompletos, vazios, não se conformam com sua vida, aparência, condição social etc.

 O descontentamento é doloroso no meio-dia da vida, produzindo tristeza, desânimo, depressão, amargura, pessimismo. Traz a sensação de que todo o investimento de uma vida foi em vão e de que agora já não há mais tempo para consertar ou para buscar algo novo.

Ele é trágico na velhice, pois retira todo o valor da existência, deixando apenas vazio e frustração.

O descontentamento é desesperador na eternidade.

 
III – PERIGOS E DANOS DO DESCONTENTAMENTO
 

         O descontentamento leva a um grande número de pecados, enganos de corações e distorções de caráter. São estados de alma corrompidos e muito perigosos. Embora estejam muito relacionados uns com os outros, pode ser interessante considerar alguns principais exemplos:

 
·         Murmuração – a reclamação, o resmungo, a murmuração são a linguagem dos descontentes e revelam falta de gratidão a Deus e rebeldia. Contaminam o coração e contaminam as outras pessoas.

 
·         Insatisfação – as pessoas descontentes são insatisfeitas e se tornam alvos fáceis do inimigo, dos sentimentos depressivos de auto piedade, de tentações.

 
·         Pessimismo – o descontente é pessimista, sempre acha que as coisas estão ruins e que vão piorar. Um cristão não pode ter uma atitude pessimista, pois sabe que Deus está no controle de todas as coisas e cumprirá, a tempo, todo o Seu propósito.

 
·         Ambição – o descontentamento é o solo fértil para o crescimento da ambição, do desejo desenfreado por ter sempre mais. O ambicioso jamais tem paz, pois não está nunca satisfeito não importa o quanto tenha.

 
·         Avareza – a ambição leva à avareza, que é a idolatria dos bens materiais, o apego a eles, o colocar neles a confiança e os afetos. O descontente caminha a passos largos para ser avarento.

·         Ingratidão – o descontente é ingrato porque não reconhece a graça de Deus que se renova todos os dias sobre sua vida nem as muitas bênçãos que lhe são concedidas. Peca contra a bondade do Pai.
 

·         Egocentrismo – quem vive descontente vive preocupado consigo mesmo, com suas necessidades e desejos. Está no centro de tudo e quer que tudo aconteça de modo a satisfazer suas vontades.

 
·         Inquietação – descontentes vivem inquietos, não encontram repouso, não conseguem perseverar em nenhum alvo o projeto. São inconstantes, não exercitam a fé, não encontram paz.

 
·         Irritação – o descontentamento contínuo vai produzindo um estado de irritação emocional, de intolerância, de falta de paciência. Vive descontando nos outros e nas situações sua falta de satisfação com a vida.

 
·         Frustração – pessoas descontentes estão sempre frustradas porque não conseguem ver a mão de Deus em tudo o que lhes acontece e, assim, pensam que fracassaram em tudo, que nunca conseguiram nada etc.

 

·         Desânimo – um estado de permanente descontentamento leva a alma à apatia, à depressão, ao desânimo. Quem só consegue ver as adversidades e não reconhece o socorro e o sustento de Deus fatalmente sucumbe ao “demônio do meio dia”.

 
·         Engano – as pessoas descontentes são facilmente vítimas de enganos de coração, de seduções, de tentações, de propostas de pessoas que lhes oferecem com o que preencher seu vazio interior. O inimigo tem fácil acesso a elas.

 
·         Endurecimento – o descontentamento com o tempo produz endurecimento do coração, amargura, ressentimentos.

 
·         Inveja – o descontente não raro desenvolve sentimentos de inveja em relação a pessoas que ele vê como mais favorecidas por Deus.

 
·         Alvos errados – quem não vive contente com a provisão de Deus para sua vida tende a buscar essa satisfação fora da vontade do Pai, desperdiçando sua vida com projetos que não produzem resultados eternos.


·         Valores confusos – muitas vezes o descontentamento revela valores confusos, falta de entendimento sobre o que é essencial ou mesmo importante e o que é supérfluo e transitório.

 
·         Auto piedade – o descontente tem a tendência de ter pena de si mesmo, de se considerar vítima de tudo e de todos.

 
·         Cobrança – o sentimento de cobrança aflora facilmente do coração descontente, pois ele exige dos outros e da vida a satisfação a que ele considera ter direito.
 

·         Julgamento – o descontentamento também pode levar à disposição para julgar as pessoas, seus procedimentos e ações que não recebem, a juízo do descontente, o necessário castigo ou recebem imerecidas recompensas.

 
·         Amargura – o descontente se torna amargo, ressentido. A amargura é um câncer na alma, é pecado, corrompe a pessoa por inteiro e contamina as demais.

 
·         Ressentimento – o descontente está sempre remoendo o passado, sofrendo novamente com suas perdas e frustrações, enchendo o coração de sentimentos negativos e doentios.

 
·         Descontrole emocional – no extremo, o descontentamento pode levar à perda do equilíbrio emocional e a atitudes destrutivas em relação aos outros e a si mesmo.

·         Rebeldia – o descontente está a caminho de se tornar rebelde, pois não aceita sua condição diante de Deus e da vida.

 
A rebeldia tem suas raízes profundas na soberba, na não aceitação – não contentamento – com a condição de criatura. Esse foi o pecado de Lúcifer e de Adão.

Um grande perigo é o descontentamento espiritual, muitas vezes confundido com o legítimo desejo de crescimento e de santidade. Pode levar à soberba, à intolerância, à culpa, à perda da humildade, à habitação e demônios.

Um cristão não faz nada para agradar a si mesmo, nem mesmo buscar a própria santidade. Ele busca sempre a comunhão com o Pai que vê em secreto.

 

         IV – FRUTOS DO CONTENTAMENTO CRISTÃO

         O contentamento, por outro lado, produz abundantes frutos de Deus na alma do discípulo e nas vidas ao seu redor:
 

·         Paz – quem está contente encontrou a paz, sabe que Deus é sua segurança, o seu provedor e protetor. Não vive em função de circunstâncias, mas da graça do Pai.


·         Alegria – o contentamento gera alegria, mesmo nas situações mais adversas, pois tem suas raízes na comunhão com Deus e na certeza de Seu amor.

 
·         Amabilidade – pessoas contentes, satisfeitas, supridas pelo Senhor, são amáveis, gentis, agradáveis. Quem está ao seu lado se beneficia de sua segurança e confiança.

 
·         Louvor – quem está contente louva em qualquer situação, é sua linguagem normal, o fluir de lábios que confessam o nome do Senhor.

 
·         Gratidão – o contentamento gera constante agradecimento a Deus por seu socorro e provisão.

 
·         Paciência – quem aprende a viver contente em qualquer situação se torna paciente nas tribulações e adversidades, pois sabe que o socorro de Deus virá em tempo oportuno.

 
·         Confiança – o contentamento fortalece a confiança em Deus, pois reconhece o Seu favor e socorro em qualquer situação.

 
·         Esperança – quem vive contente cada dia não se desespera com o futuro uma vez que a experiência com a graça de Deus garante que Sua misericórdia não vai cessar.

 
·         Poder – na experiência de Paulo, o contentamento o levou a experimentar o poder de Deus nas várias situações que teve que enfrentar, dando-lhe a certeza de que tudo lhe era possível no Senhor que o fortalecia.

 

·         Descanso – quem está contente descansa, sossega, está saciado e satisfeito, não tem porque se afligir ou se desgastar. É Deus quem o supre.

 
·         Sobriedade – o contentamento produz paz interior, sobriedade, faz com que a pessoa não se perca em sentimentos desgovernados ou desejos sem controle.

 
·         Generosidade – as pessoas contentes são generosas, repartem o que possuem porque sabem de onde vem seu sustento e provisão.

 
·         Bondade – o contentamento produz gentileza e docilidade de caráter, leva a pessoa a expressar a bondade de Deus na vida dos outros.

 
·         Benignidade – o contentamento faz bem, promove o bem, abençoa quem está ao redor.

 
·         Afetuosidade – pessoas contentes são agradáveis, afetuosas, prontas para acolher e amar.

 
V – CAMINHOS PARA O CONTENTAMENTO

 
1)   Ambiente

 
Em contraste com o mundo, o ambiente na Igreja faz tudo convergir para a experiência com o amor providente de Deus, com a plenitude do Seu Reino.

Alguns elementos desse ambiente que produz contentamento são:

 
·         Confiança, fé no Senhor, na Sua vontade revelada em Sua Palavra, no Seu amor e graça.
 

·         Propósito de Deus, certeza de que tudo o que nos acontece tem um sentido e valor eterno.
 
·         Autoridade de Jesus, como Senhor soberano sobre todas as coisas, cujos planos não podem fracassar.

 
·         Gratidão a Deus por todas as bênçãos e dons a nós concedidos, pelo Seu constante amor e cuidado para conosco.


·         Esperança na vida eterna com Ele, no Seu Reino, no cumprimento pleno de Sua vontade para conosco.

 
·         Experiência a cada dia com o Senhor, com andar com Ele, com Seu poder, cuidado e proteção.
 

·         Aceitação de si mesmo, de quem somos, como fomos criados à Sua imagem e semelhança, do valor que temos para Ele assim como somos.

 
·         Aceitação da vida que Ele nos tem permitido viver, da família em que nascemos, do País onde vivemos, da nossa condição social, sabendo que Ele pode nos levar até onde Ele quer e nos dar tudo o que precisamos para uma vida plena.

 
·         Consciência do chamado para sermos santos, para servir ao Senhor e buscar Seu Reino e propósito e dos frutos eternos que havermos de colher.
 

·         Eternidade, revelação do Seu Reino que está além deste mundo, das circunstâncias desta vida, do “eterno peso de glória” em comparação com o qual tudo o que passamos aqui é leve e momentâneo.

 
·         Expectativa da volta do Senhor, certeza de que o quem vem virá e de que um dia Sua Glória encherá toda a terra.

 

Todos esses aspectos e fatos da nossa fé formam um ambiente em que a verdade, a graça, os feitos de Deus, Suas promessas e as demonstrações do Seu amor e de Seu poder alimentam constantemente nossa confiança e nos dão plena satisfação com a suficiência de seu cuidado e provisão para conosco.
 

2)   Trilhas

 
O contentamento é produto de experiência, de caminhar com o Senhor, de viver para o Seu propósito. Paulo diz que “aprendeu” a viver contente em qualquer circunstância. Assim, podemos identificar caminhos, trilhas, situações em que Deus nos quer ensinar a vivermos contentes com Sua força, com Sua alegria, com Sua graça e com Sua bondade.

 
·         Renúncia, encontro e contentamento – a renúncia nunca nos deixa no vazio, mas nos liberta do provisório e sem valor para possibilitar o encontro com o Senhor e experimentar nEle o contentamento.

 
·         Provação - é na luta, na dificuldade, na provação que o Senhor nos ensina a confiar em Seu socorro, a esperar por
Ele e nos dá experiência com Seu poder e graça.


·         Serviço – quem serve ao Senhor sempre tem a melhor paga pelo seu trabalho. Nele nosso esforço nunca é em vão. O servo longo aprende a viver contente sob o governo suave e leve do manso e humilde Jesus.

 
·         Simplificação – um grande desafio para encontrarmos o contentamento é aprendermos o caminho da simplicidade, do reconhecimento do que é essencial, do que tem de fato valor, de colocar o coração nessa única coisa de fato necessária que é a comunhão com Ele.

 
·         Santificação – nunca haverá contentamento no pecado. Como disse Agostinho, pecar é caminhar para o nada. Fomos feitos para sermos santos, para uma vida de santidade e nada menos do que isso nos fará contentes, satisfeitos, plenos como pessoas.

 
·         Intimidade com Deus – novamente Agostinho: “buscar a Deus é buscar a felicidade; encontrar Deus é a própria felicidade”. Ele é o dom mais precioso, o pão para a nossa fome, a água para nossa sede, o sentido para nossa vida...

 
·         Presença de Deus – buscar manter-se constantemente consciente da Presença de Deus nos leva a reconhecer Seus feitos a nosso favor, Suas ações e Seu governo sobre tudo. Assim, encontramos o contentamento na percepção da Sua constante provisão.
 

·         Adoração – pode-se dizer que adorar é experimentar a plenitude de Deus, no corpo, alma e espírito. Nos leva a um estado de pleno contentamento, de total satisfação e confiança.

 
·         Meditação – essa é a disciplina que nos instrui nos caminhos do Senhor, na consideração de Seu caráter, de Sua glória, vontade, propósito e santidade. Tudo isso nos enche de contentamento.

 
·         Desprendimento, recolhimento, encontro – essa é uma caminhada que nos afasta das aparências do mundo, nos leva a uma percepção da habitação do Espírito em nosso interior e a um encontro com Ele, fonte de todo contentamento.

 
·         Transcendência – significa a compreensão de que fomos chamados a uma vida que ultrapassa os limites físicos e temporais deste mundo, um Reino eterno, uma vida espiritual. Só nessa dimensão podemos encontrar o contentamento, pois fomos criados para viver nela.

 
VI – CONTENTAMENTO: A FELICIDADE CRISTÃ
 

         Finalmente, podemos mencionar mais alguns aspectos do contentamento como conceito de felicidade cristã.

 
1)   Vem de dentro, da comunhão com Deus e o que Ela produz como identidade, revelação, visão espiritual, propósito e esperança.

 
2)   Está presente em qualquer circunstância porque seu fundamento é o Reino Eterno.

 
3)   É obra de Deus, não produto de um temperamento natural, não resultado de um truque psicológico, não tem origem em alienação.

 
4)   Consiste em conhecer e fazer a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

 
5)   Persiste nas dificuldades, que não o contradizem, mas fortalecem.

 
6)   Não depende do que somos, temos ou fazemos, mas do amor e do cuidado de Deus.

 
7)   Não é conformismo, imobilismo, mas, sim, motivo para ir adiante, em busca do propósito de Deus.

 
8)   Não é otimismo, pensamento positivo, mas fé expressa em confiança e esperança.

 
9)   Não é alienar-se dos problemas e dificuldade, mas enfrentar tudo na força que Deus supre.
 

10)        É experimentar a bondade de Deus, Sua suficiente graça.

 

Que o Senhor nos ensine a viver contentes em qualquer circunstância, para sermos firmes e inabaláveis no amor e no serviço do Reino e para sermos pessoas cheias de Sua graça, de Sua paz e de Sua bondade.

 Brasília, dezembro de 2012, AD.

Fernando Sabóia Vieira