Para o amigo Luís Fernando, em 15 de novembro de 2009, seu 19º aniversário.
Querido filho,
É inevitável que, no aniversário dos filhos, os pais pensem em suas histórias, suas características, suas qualidades. Em relação a você, uma palavra vem muito facilmente à mente: amigo. Ao longo da sua (ainda curta) vida, você tem sido alguém que se oferece como amigo, que faz amigos, que muitos consideram assim.
Penso que a amizade não é muito bem entendida e menos ainda valorizada como deveria em nosso meio. Somos irmãos em Cristo, somos membros uns dos outros, servos, companheiros, cooperadores, discipuladores, pais, filhos. Todos esses relacionamentos são fortes e ricos em significado e em frutos para o Reino. A categoria de “amigos”, no entanto, fica sempre algo atrás dessas outras, menos destacada, menos reconhecida.
Não obstante, posso dizer, sem medo de errar, que há pouca coisa mais importante nesta vida do que os amigos, que são, aliás, mais raros do que se pensa.
A amizade dá qualidade especial a qualquer relacionamento, conferindo espontaneidade, leveza e alegria. Marido e mulher podem ser amigos, assim como chefes e subordinados, discipuladores e discípulos, pais e filhos etc. Tais vínculos também podem, todavia, existir sem amizade, o que os torna pesados e cansativos.
Mas o melhor de tudo é quando a gente é principalmente amigo, ficando as demais ligações em segundo plano. Foi o que aconteceu com Jesus e seus discípulos depois de alguns anos de caminhada juntos.
Amizade nunca pode ser imposta ou exigida. Amizade não tem uma explicação funcional e nem mesmo sentimental. Há amigos inúteis e amigos chatos. Mas, mesmo assim, amigos. E sua companhia não é pesada e nem ruim, ao contrário, desejada e prazerosa.
A verdadeira amizade é uma abertura de alma, um presente, um encontro, algo que a gente oferece de graça, simplesmente pelo prazer de ter o amigo, alguém com quem gosto de estar e que gosta igualmente da minha companhia, sem obrigação ou necessidade.
É claro que os amigos ajudam e são ajudados, socorrem e são socorridos, alegram e são alegrados, consolam e são consolados, mas tudo isso é decorrência e não causa da amizade.
Sei que há amigos próximos e distantes, amizades mais ou menos profundas. O que importa, no entanto, destacar não é a freqüência ou profundidade do relacionamento, mas sua qualidade. Se somos amigos, seremos sempre amigos.
Meus conselhos para você serão cada vez menos necessários. Esse, no entanto, quero deixar registrado: continue sendo amigo. Faça amigos. Produza amizade em todos os seus relacionamentos. Comece agora, invista para o futuro, pois, segundo o livro do Eclesiástico (Siracides), amigos são como os vinhos: os de boa qualidade melhoram com o tempo.
Quanto a mim, guarde-me um lugar especial em sua “adega” de amigos, onde eu possa “envelhecer” com equilíbrio e harmonia na sua vida. E que o Senhor nos permita brindar nossa amizade por muitos anos.
Que a graça de Jesus seja com você.
Beijo do pai.
Fernando
Penso que a amizade não é muito bem entendida e menos ainda valorizada como deveria em nosso meio. Somos irmãos em Cristo, somos membros uns dos outros, servos, companheiros, cooperadores, discipuladores, pais, filhos. Todos esses relacionamentos são fortes e ricos em significado e em frutos para o Reino. A categoria de “amigos”, no entanto, fica sempre algo atrás dessas outras, menos destacada, menos reconhecida.
Não obstante, posso dizer, sem medo de errar, que há pouca coisa mais importante nesta vida do que os amigos, que são, aliás, mais raros do que se pensa.
A amizade dá qualidade especial a qualquer relacionamento, conferindo espontaneidade, leveza e alegria. Marido e mulher podem ser amigos, assim como chefes e subordinados, discipuladores e discípulos, pais e filhos etc. Tais vínculos também podem, todavia, existir sem amizade, o que os torna pesados e cansativos.
Mas o melhor de tudo é quando a gente é principalmente amigo, ficando as demais ligações em segundo plano. Foi o que aconteceu com Jesus e seus discípulos depois de alguns anos de caminhada juntos.
Amizade nunca pode ser imposta ou exigida. Amizade não tem uma explicação funcional e nem mesmo sentimental. Há amigos inúteis e amigos chatos. Mas, mesmo assim, amigos. E sua companhia não é pesada e nem ruim, ao contrário, desejada e prazerosa.
A verdadeira amizade é uma abertura de alma, um presente, um encontro, algo que a gente oferece de graça, simplesmente pelo prazer de ter o amigo, alguém com quem gosto de estar e que gosta igualmente da minha companhia, sem obrigação ou necessidade.
É claro que os amigos ajudam e são ajudados, socorrem e são socorridos, alegram e são alegrados, consolam e são consolados, mas tudo isso é decorrência e não causa da amizade.
Sei que há amigos próximos e distantes, amizades mais ou menos profundas. O que importa, no entanto, destacar não é a freqüência ou profundidade do relacionamento, mas sua qualidade. Se somos amigos, seremos sempre amigos.
Meus conselhos para você serão cada vez menos necessários. Esse, no entanto, quero deixar registrado: continue sendo amigo. Faça amigos. Produza amizade em todos os seus relacionamentos. Comece agora, invista para o futuro, pois, segundo o livro do Eclesiástico (Siracides), amigos são como os vinhos: os de boa qualidade melhoram com o tempo.
Quanto a mim, guarde-me um lugar especial em sua “adega” de amigos, onde eu possa “envelhecer” com equilíbrio e harmonia na sua vida. E que o Senhor nos permita brindar nossa amizade por muitos anos.
Que a graça de Jesus seja com você.
Beijo do pai.
Fernando
que gostoso é ler e contemplar aquilo que se passa no coração
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