Por um sorriso que não seja
fútil esquecimento
dos sofrimentos do mundo,
da fome das crianças,
do desassossego dos velhos;
Por um sorriso que não tenha o gosto
ácido da malícia,
que não seja violência contra o desvalido
nem máscara da alma;
- Um sorriso
que não viva do ridículo do outro,
que não seja filho da ebriedade irresponsável,
que não se torne pai do desalento
e da vergonha.
Quero um sorriso que seja tão somente
materialização
do dom divino do contentamento,
repercussão
de conversas íntimas com o Pai.
Quero um sorriso que inspire harmonias
aos anjos dos céus e aos humildes da terra,
que contamine as circunstâncias de cada dia
e diga sim à vida,
que intimide os espíritos das sombras
e acolha o aflito.
- Um sorriso que se divirta com a eternidade
e faça vibrar os átrios do Senhor,
um sorriso
que todas as crianças do mundo possam entender
e reflita a face luminosa de Deus.
Fernando Sabóia Vieira, de "Café com Poesia".
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