Fernando Sabóia
Brasília, junho 2000 AD
Da cerimônia de casamento de Maurício e Debra.
JOÃO 2:1-11
Irmãos queridos,
Desde tempos imemoriais, o casamento é uma festa, uma celebração. É uma celebração da vida, da esperança, do amor. É uma celebração que envolve os noivos, as famílias, a sociedade e, de modo especial, o povo de Deus, pois é uma celebração do propósito de Deus de ter uma família de muitos filhos à sua imagem e semelhança.
Jesus deu início aos seus sinais miraculosos e ao seu ministério na Galiléia em uma festa de casamento, transformando água em vinho.
Talvez tenha sido esse o mais gracioso e gentil milagre de Jesus. Afinal, não se tratava de um enfermo a ser curado, de um endemoninhado a ser liberto ou de multidões famintas a serem alimentadas. Tratava-se, prosaicamente, de uma festa que terminaria antes do tempo, pela falta de vinho. Assim, foi livre e graciosa amabilidade do Senhor providenciar para que o banquete prosseguisse jubiloso e farto.
O vinho, não obstante a rabugice de alguns intérpretes, representa a alegria, a abundância, a bênção generosa de Deus – “o meu cálice transborda...” (transborda não de coca-cola, certamente...), “comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite...” (do cardápio das bodas reais de Cantares).
Jesus transformou água em vinho para demonstrar que o casamento, assim como o Reino, é um evento de alegria e celebração do propósito e do amor de Deus.
Desde aquele dia, haverá, pois, dois tipos de casamento: aqueles para os quais o Senhor foi convidado e aqueles em que Ele está ausente.
Quando estamos em um de casamento com a presença de Jesus, podermos ter a expectativa de que não será uma simples cerimônia ou uma mera convivência, mas uma oportunidade permanente de manifestação da graça transformadora de Jesus.
Quando um casamento é marcado pela presença do Senhor, sabemos que Ele será fiador da aliança firmada entre o homem e a mulher, seu garantidor e provedor.
O milagre das bodas de Caná traz mais um ensinamento precioso sobre o casamento: o vinho pode acabar no meio da festa, e o casamento se tornar sem gosto, sem alegria, sem celebração.
Quão cedo acaba o vinho nos casamentos de hoje, e os casais passam a aturar uma convivência árida, dolorosa, mantida por algum senso de conveniência ou dever, quando não simplesmente rompem o vínculo conjugal e fraturam suas vidas, amputando-se um do outro, esquecidos de que houveram sido feitos uma só carne.
É preciso nunca deixar o vinho acabar. O casamento não deve se tornar um negócio de satisfação social, religiosa ou familiar. Deve ser sempre um promotor do propósito de Deus e do Reino. Contudo, a única maneira de supri-lo de novo do vinho do significado e da alegria é buscar Jesus e “fazer tudo quanto ele ordenar”.
Ele vai tornar a água de nossa impotência e pecado, que é tudo quando podemos colocar nas talhas vazias da frustração, da falta de perdão, da amargura, dos sonhos desfeitos, em um vinho mais excelente do que experimentamos no início.
O primeiro vinho será efervescente, expansivo, de sabor imediato. Contudo, não estando ainda estabilizado, pode tornar-se vinagre, pode perder-se rompendo os odres.
O segundo vinho, amadurecido pelo perdão, pela amizade, pelo compartilhamento, pelos sofrimentos e alegrias vividos em conjunto, tem um sabor mais definido, mais confiável, único. Muitos casais, não conhecendo o Senhor que pode transformar água em vinho, ou abandonando a Sua vontade, não chegam a provar essa iguaria celestial.
O grande segredo de um casamento duradouro, feliz e frutífero é a presença de Jesus, é compreender que se trata de uma aliança firmada nele, onde cada um busca amar o outro não com o amor egoísta e possessivo da paixão, mas com o amor libertador e altruísta de Deus.
Esse amor brota e floresce onde existe experiência de Deus e compromisso com o Reino. O amor leva um casal até aquele momento solene de compromisso; daí por diante, o compromisso assumido diante de Deus, com Sua interferência e provisão, sustentará o amor cada dia.
Não existem casais que não passem por momentos de secura, de provação, de desencanto, de dor. Todo amor real é o fim de uma fantasia, todo casamento verdadeiro é a desistência de um sonho romântico, pois não há noivos perfeitos num mundo ideal.
No entanto, nos momentos difíceis, quando o vinho parecer estar terminando, devemos olhar primeiro para Jesus. Não permitamos que o vinho jamais acabe no casamento. O Senhor pode trazer sempre um vinho melhor, se for obedecido, e manter não apenas uma convivência, mas uma festa em andamento.
Finalmente, uma palavra de ânimo para aqueles que estão envolvidos no ministério de acompanhar vidas, especialmente casais: nossa função é sermos meros carregadores de talhas cheias de água, levando-as à presença de Jesus. Nosso privilégio, todavia, é sermos, por vezes, as únicas testemunhas silenciosas de Seu poder transformador.
Queridos, neste momento, o Pai prepara a maior festa de casamento da história da criação. Será animada por orquestras e corais de anjos, iluminada por estrelas e astros celestes e terá uma mesa posta e servida por Ele mesmo. Haverá júbilo, danças e celebração.
Serão as bodas do Cordeiro e de Sua Igreja. Que nossos casamentos sejam prenúncio alegre e profético daquele dia, mercê do poder santificador da graça de Jesus, a despeito de tantos e ferozes inimigo que enfrentamos nestes dias de peregrinação. “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.”
Fernando Sabóia (de "Crônicas do Reino")
Jesus deu início aos seus sinais miraculosos e ao seu ministério na Galiléia em uma festa de casamento, transformando água em vinho.
Talvez tenha sido esse o mais gracioso e gentil milagre de Jesus. Afinal, não se tratava de um enfermo a ser curado, de um endemoninhado a ser liberto ou de multidões famintas a serem alimentadas. Tratava-se, prosaicamente, de uma festa que terminaria antes do tempo, pela falta de vinho. Assim, foi livre e graciosa amabilidade do Senhor providenciar para que o banquete prosseguisse jubiloso e farto.
O vinho, não obstante a rabugice de alguns intérpretes, representa a alegria, a abundância, a bênção generosa de Deus – “o meu cálice transborda...” (transborda não de coca-cola, certamente...), “comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite...” (do cardápio das bodas reais de Cantares).
Jesus transformou água em vinho para demonstrar que o casamento, assim como o Reino, é um evento de alegria e celebração do propósito e do amor de Deus.
Desde aquele dia, haverá, pois, dois tipos de casamento: aqueles para os quais o Senhor foi convidado e aqueles em que Ele está ausente.
Quando estamos em um de casamento com a presença de Jesus, podermos ter a expectativa de que não será uma simples cerimônia ou uma mera convivência, mas uma oportunidade permanente de manifestação da graça transformadora de Jesus.
Quando um casamento é marcado pela presença do Senhor, sabemos que Ele será fiador da aliança firmada entre o homem e a mulher, seu garantidor e provedor.
O milagre das bodas de Caná traz mais um ensinamento precioso sobre o casamento: o vinho pode acabar no meio da festa, e o casamento se tornar sem gosto, sem alegria, sem celebração.
Quão cedo acaba o vinho nos casamentos de hoje, e os casais passam a aturar uma convivência árida, dolorosa, mantida por algum senso de conveniência ou dever, quando não simplesmente rompem o vínculo conjugal e fraturam suas vidas, amputando-se um do outro, esquecidos de que houveram sido feitos uma só carne.
É preciso nunca deixar o vinho acabar. O casamento não deve se tornar um negócio de satisfação social, religiosa ou familiar. Deve ser sempre um promotor do propósito de Deus e do Reino. Contudo, a única maneira de supri-lo de novo do vinho do significado e da alegria é buscar Jesus e “fazer tudo quanto ele ordenar”.
Ele vai tornar a água de nossa impotência e pecado, que é tudo quando podemos colocar nas talhas vazias da frustração, da falta de perdão, da amargura, dos sonhos desfeitos, em um vinho mais excelente do que experimentamos no início.
O primeiro vinho será efervescente, expansivo, de sabor imediato. Contudo, não estando ainda estabilizado, pode tornar-se vinagre, pode perder-se rompendo os odres.
O segundo vinho, amadurecido pelo perdão, pela amizade, pelo compartilhamento, pelos sofrimentos e alegrias vividos em conjunto, tem um sabor mais definido, mais confiável, único. Muitos casais, não conhecendo o Senhor que pode transformar água em vinho, ou abandonando a Sua vontade, não chegam a provar essa iguaria celestial.
O grande segredo de um casamento duradouro, feliz e frutífero é a presença de Jesus, é compreender que se trata de uma aliança firmada nele, onde cada um busca amar o outro não com o amor egoísta e possessivo da paixão, mas com o amor libertador e altruísta de Deus.
Esse amor brota e floresce onde existe experiência de Deus e compromisso com o Reino. O amor leva um casal até aquele momento solene de compromisso; daí por diante, o compromisso assumido diante de Deus, com Sua interferência e provisão, sustentará o amor cada dia.
Não existem casais que não passem por momentos de secura, de provação, de desencanto, de dor. Todo amor real é o fim de uma fantasia, todo casamento verdadeiro é a desistência de um sonho romântico, pois não há noivos perfeitos num mundo ideal.
No entanto, nos momentos difíceis, quando o vinho parecer estar terminando, devemos olhar primeiro para Jesus. Não permitamos que o vinho jamais acabe no casamento. O Senhor pode trazer sempre um vinho melhor, se for obedecido, e manter não apenas uma convivência, mas uma festa em andamento.
Finalmente, uma palavra de ânimo para aqueles que estão envolvidos no ministério de acompanhar vidas, especialmente casais: nossa função é sermos meros carregadores de talhas cheias de água, levando-as à presença de Jesus. Nosso privilégio, todavia, é sermos, por vezes, as únicas testemunhas silenciosas de Seu poder transformador.
Queridos, neste momento, o Pai prepara a maior festa de casamento da história da criação. Será animada por orquestras e corais de anjos, iluminada por estrelas e astros celestes e terá uma mesa posta e servida por Ele mesmo. Haverá júbilo, danças e celebração.
Serão as bodas do Cordeiro e de Sua Igreja. Que nossos casamentos sejam prenúncio alegre e profético daquele dia, mercê do poder santificador da graça de Jesus, a despeito de tantos e ferozes inimigo que enfrentamos nestes dias de peregrinação. “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro.”
Fernando Sabóia (de "Crônicas do Reino")
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