Poema para o Pai e para os pais
“Certo homem tinha dois filhos...o filho mais novo...partiu para uma terra longínqua...” Lucas 15:11-13
O filho partiu
e o Pai permaneceu lá.
Moído de compaixão e de saudades,
Ele estava lá.
Todos os dias,
os olhos envelhecendo
na curva do Caminho,
Ele estava lá.
Não podia ir buscá-lo,
pois a distância não era
a dos passos,
senão a do coração.
Mas Ele estava lá.
Um dia, talvez, por vergonha,
medo ou necessidade,
por tristeza ou saudade,
ele havia de se lembrar
de que o Pai estava lá,
e acharia o Caminho
de volta.
E Ele estaria lá.
Os pais não precisam ser
homens excepcionais.
Apenas precisam aprender,
com o Pai,
a estarem lá,
sem distâncias no coração,
com a esperança renovada
na persistência do amor.
O lar não é um lugar.
O lar é um abraço.
Brasília, em 13 de agosto de 2000, AD, dia dos pais.
Fernando Sabóia
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