segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

HUMILDADE

Thomas à Kempis

Não se preocupe em saber quem está a favor ou contra você, mas se esforce para que Deus esteja com você em tudo o que você faz. Mantenha sua consciência pura e Deus protegerá você, pois a malícia dos homens não pode causar nenhum mal àquele a quem Deus quer ajudar. Se você souber sofrer em silêncio, você experimentará, sem dúvida, a ajuda de Deus. Ele sabe quando e como livrar você; assim, coloque-se nas Suas mãos, pois é uma prerrogativa divina socorrer os homens e libertá-los de todos os infortúnios.
É sempre muito bom que outros conheçam nossas faltas e nos reprovem por elas, pois isso nos torna mais humildes. Quando um homem se humilha por causa de suas faltas, ele facilmente aplaca os demais e prontamente apazigua os que têm raiva dele.
O homem humilde, é a ele quem Deus protege e liberta; é ao humilde que Ele ama e consola. Para os humildes Ele se volta e dispensa sobre eles grande graça, para que depois de sua humilhação Ele possa elevá-los à glória. Ele revela Seus segredos aos humildes, e com doce convite os atrai para Ele mesmo. Assim, o homem humilde desfruta de paz em meio a muitos constrangimentos, porque ele confia em Deus, não no mundo. Desse modo, você não deve achar que fez qualquer progresso até que veja a si mesmo como inferior aos demais.

Thomas à Kempis, “A Imitação de Cristo, Livro II, Capítulo II”, traduzido de http://www.ccel.org/ccel/kempis/imitation.html por Fernando Sabóia.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Orações do Cotidiano

Oração da Serenidade


Oh, Senhor, concedei-nos
serenidade para aceitar as coisas que não podemos mudar,
coragem para mudar as que podemos
e sabedoria para saber a diferença.
Amém.

Reinhold Niebuhr


Essa breve oração tornou-se muito popular em várias versões, algumas mais extensas, a ponto de sua autoria ser hoje algo controvertida. Fontes históricas indicam Reinhold Niebuhr, teólogo norte-americano que viveu entre 1892 e 1971, como autor original.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ipê Roxo


Crônica dos Possíveis Olhares

(Ou, “Olhai as Flores de Ipê Roxo”)


Como você percebe o mundo à sua volta e as coisas que acontecem à sua vida? Com que “lentes” de conceitos, sentimentos e convicções você observa, filtra, classifica, realça, despreza, aceita ou rejeita a infinidade de informações e estímulos sensoriais que recebe continuamente?
Nossa percepção do mundo e dos acontecimentos é sempre um diálogo entre o exterior sensível e o nosso interior intuitivo, mediado pela consciência reflexiva.
Fico pensando naquela multidão de ansiosos que ouviram Jesus dizer, diante de suas angústias e necessidades, para “olharem os lírios do campo”. O que o Mestre queria que vissem? Como diferentes pessoas reagiram naquele dia e reagiriam hoje a esse convite? Como eu e você nos sentiríamos?
Acho que Jesus queria que as pessoas olhassem para aquela cena tão comum para eles – os lírios que cresciam naquelas encostas – com um olhar desacostumado, aberto para o inusitado, que pudesse lhes dar a oportunidade de serem surpreendidos por algo novo, por uma verdadeira revelação.
Às vezes estamos tão habituados a vermos as coisas de uma determinada maneira que é com se nunca olhássemos de novo para elas, mas apenas recuperássemos da memória uma imagem já lá arquivada, cristalizada em nossa mente. Fazemos isso com pessoas, situações, relacionamentos, acontecimentos.
Talvez algumas pessoas naquela multidão que ouvia Jesus sequer tenham se dado ao trabalho de voltar o rosto para as colinas ao redor e reparar nas flores apontadas por Jesus. Já tinham imagem delas na memória, o que de novo poderiam ver? Outros talvez tenham olhado com o olhar acostumado e só tenham enxergado o que sempre viam: apenas flores.
Se ali houvesse pessoas “modernas”, penso que poderíamos identificar alguns grupos significativamente representados.
Haveria os materialistas, que veriam apenas vegetais produtos de uma caótica evolução biológica sobre cuja existência não se poderia fazer qualquer tipo de juízo de valor. Essa é, aliás, a maneira como vêem a própria vida, resultado do acaso impessoal e sem qualquer propósito.
Os humanistas talvez pensassem nos benefícios que aquelas flores poderiam trazer para eles, para seu bem-estar, pois consideram que tudo deve girar em torno dos interesses e necessidades dos homens, ou seja, deles mesmos.
Os místicos, por sua vez, veriam nos lírios do campo um sinal de que as forças que regem o universo estariam lhes dando algum tipo de mensagem ou conforto.
Jesus, no entanto, queria que os ansiosos daquela época e os de hoje vissem o mundo de outra maneira. Não como resultado do acaso, não como produto da engenharia dos homens, não regido por forças desconhecidas, mas, sim, como obra, habitação e Reino do Pai que está nos céus, cujas mãos tudo controlam, cujo coração nos busca para nos amar e nos trazer para perto dEle mesmo.
Você pode olhar à sua volta, considerar as coisas que acontecem com você, e ver o controle de Deus em tudo? Consegue enxergar Seu cuidado e providência, mesmo em meio aos sofrimentos e provações? Talvez seu olhar esteja viciado com o uso de “lentes” que impedem você de ver o que o Senhor revela claramente. Podem ser as “lentes” do egoísmo, do medo, da incredulidade, da sabedoria humana, do materialismo, da soberba, da busca de reconhecimento e de prazer, da não aceitação da vida que o Senhor tem lhe permitido viver.
Temos que aprender a olhar para o mundo e para a vida a partir de outra perspectiva, usando outras “lentes”, que corrigem nossa pouca visão espiritual: a fé, a verdade, a Palavra, o Reino de Deus. Por meio delas podemos aclarar e ordenar nossa visão da realidade e perceber aquilo que as pessoas em geral não podem discernir.
O mundo espiritual que tudo permeia, tudo inclui, do qual o mundo físico é apenas uma limitada manifestação. O Reino de Deus que está sendo estabelecido e triunfará sobre as forças espirituais da maldade, humanas ou demoníacas, um Reino infinito e eterno, não contido por limites físicos e nem restrito ao tempo.
É esse Reino, o Reino do Pai, que somos exortados por Jesus a buscar e a nele viver, como filhos, como aqueles que estão sendo cuidados e preparados para o encontro triunfal com Ele no dia eterno.
Como você vê o mundo à sua volta? Como percebe as coisas que acontecem com você? Olhe para os “lírios do campo”, ou para as flores de ipê roxo, ou para as margaridas, ou hortênsias, ou dálias ou quaisquer outras que insistem em crescer nos pequenos espaços que as nossas cidades lhes dão.
Mas não veja apenas flores, veja o poder, a graça, a beleza, a providência e o amor do Pai.

Que a graça de Jesus seja com todos.

Fernando Sabóia

domingo, 23 de janeiro de 2011

Amigo de Deus

O Caminho do Deserto


Deus escolheu alguns
para andarem no deserto.

O deserto - tantos inimigos
nas sendas do degredo,
na solidão, tantos medos
tão pouca esperança,
tantas carências.

Deus escolheu alguns
para andarem com Ele
no deserto.

Com o Senhor,
no deserto - onde o Seu Poder
é pleno e sem dúvidas,
onde Sua voz é clara
e inteligível,
onde um coração não tem nada por que esperar,
senão por Ele.

No deserto,
as almas dos homens são mais sensíveis,
e Ele lhes soprará Suas palavras
nos corações.

Do deserto
Ele chama os Seus profetas.

Somente andado nos lugares desertos
de sua própria alma
é que pode um homem se tornar
verdadeiro amigo de Deus.

Fernando Sabóia, de "Veredas no Deserto".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cuidado com os conselheiros

Eclesiástico de Jesus ben Sirac, Capítulo 37
- 190 -124 aC (?) -

7 Todo conselheiro dá conselhos, mas há quem dá conselho em seu próprio interesse. 8 Seja cauteloso com o conselheiro, e procure saber quais são as necessidades dele. Pois ele pode aconselhar em benefício próprio e não lançar a sorte em favor de você, 9 dizendo: «Você está num bom caminho». Depois, ele fica de longe, vendo o que vai acontecer a você. 10 Não peça conselhos a quem olha você com desconfiança, e esconda a sua intenção de todos os que têm inveja de você.
11 Nunca peça conselhos a uma mulher sobre a rival dela; nem a um covarde sobre a guerra; nem a um negociante sobre o comércio; nem a um comprador sobre a venda; nem a um invejoso sobre a gratidão; nem a um egoísta sobre a bondade; nem a um preguiçoso sobre o trabalho; nem a um empreiteiro sobre o fim da tarefa; nem a um empregado preguiçoso sobre um grande trabalho. Não procure nenhuma dessas pessoas para receber delas algum conselho.
12 Ao contrário, freqüente sempre o homem fiel, a quem você conhece como praticante dos mandamentos, que tenha a mesma disposição sua e que, se você tropeçar, sofrerá com você. 13 Siga o conselho do seu próprio coração, porque mais do que este ninguém será fiel a você. 14 A alma do homem freqüentemente o avisa melhor do que sete sentinelas colocadas em lugar alto.
15 Além disso tudo, peça ao Altíssimo que dirija seu comportamento conforme a verdade.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Seguir a Jesus

Santo Agostinho

Marcos 2,13-17.

Jesus saiu de novo para a beira-mar. Toda a multidão ia ao seu encontro, e
Ele ensinava-os.
Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e
disse-lhe: «Segue-me.» E, levantando-se, ele seguiu Jesus.
Depois, quando se encontrava à mesa em casa dele, muitos cobradores de
impostos e pecadores também se puseram à mesma mesa com Jesus e os seus
discípulos, pois eram muitos os que o seguiam.
Mas os doutores da Lei do partido dos fariseus, vendo-o comer com pecadores
e cobradores de impostos, disseram aos discípulos: «Porque é que Ele come
com cobradores de impostos e pecadores?»
Jesus ouviu isto e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam de
médico, mas sim os enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas os
pecadores.»

Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Africa do Norte) e Doutor da Igreja
Confissões, X, 27


“E, levantando-se, ele seguiu Jesus. “

Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis
que habitavas dentro de mim e eu Te procurava do lado de fora! Eu,
disforme, lançava-me sobre as belas formas das Tuas criaturas. Estavas
comigo, mas eu não estava Contigo. Retinham-me longe de Ti as Tuas
criaturas, que não existiriam se em Ti não existissem. Tu me chamaste, o
Teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste e Tua luz afugentou
a minha cegueira. Espargiste a Tua fragrância e, respirando-a, suspirei por
Ti. Eu Te saboreei, e agora tenho fome e sede de Ti. Tu me tocaste e agora
estou ardendo no desejo da Tua paz.
Quando estiver unido a Ti com todo o meu ser, não mais sentirei dor ou
cansaço. A minha vida será verdadeiramente vida, toda plena de Ti. Tu
alivias aqueles a quem plenamente satisfazes. Não estando ainda repleto de
Ti, sou um peso para mim mesmo. As minhas alegrias, que deveriam ser
choradas, contrastam em mim com as tristezas, que deveriam causar-me
júbilo, e ignoro de que lado está a vitória. Falsas tristezas pelejam em
mim contra as verdadeiras alegrias, e não sei quem vencerá. Ai de mim! «Tem
piedade de mim, Senhor!» (Sl 30, 10). Ai de mim! Vês que não escondo as
minhas chagas. Tu és o médico, eu sou o enfermo. Tu és misericordioso e eu
sou miserável.

Fonte :

www.evangelhoquotidiano.org

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Melhores ou Piores?

"O homem é um ser livre que está sempre se transformando em si mesmo. Mas essa transformação nunca meramente indiferente. Estamos sempre nos tornando melhores ou piores."

Thomas Merton, "Homem algum é uma Ilha".

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

UM POUCO DE C. S. LEWIS (1898-1963)

C S Lewis foi professor universitário no Reino Unido e escritor famoso tanto por sua literatura juvenil (Crônicas de Nárnia) quanto por seus trabalhos de cunho filosófico, vários publicados em português.

Em “The Screwtape Letters” ele apresenta cartas escritas por um demônio tio e mestre (Coisa Ruim) para seu sobrinho diabólico (Absinto) instruindo-o sobre como levar um jovem rapaz (seu “paciente”) para o inferno, livrando-o das “garras do Inimigo” (Deus).

Essa obra, publicada originalmente em capítulos num jornal britânico, está disponível em mais de uma edição em português.

O texto seguinte do capítulo primeiro foi traduzido para este blog diretamente da versão disponível em

http://members.fortunecity.com/phantom1/books2/c._s._lewis_-_the_screwtape_letters.htm

Fernando Sabóia


UM POUCO DE C. S. LEWIS

(Clive Staples Lewis, conhecido como C. S. Lewis: Belfast, 29 de Novembro de 1898 – Oxford, 22 de Novembro de 1963)


CARTAS DO INFERNO

I


Meu querido Absinto,

Entendo o que você diz sobre conduzir as leituras do nosso paciente e cuidar para que ele se encontre muito com seu amigo materialista. Mas você não estaria sendo um tolo ingênuo? Parece que você supõe que “argumento” seja o caminho para mantê-lo longe das garras do Inimigo. Isso poderia ser verdade se ele tivesse vivido alguns séculos atrás. Naquela época os homens ainda tinham uma boa noção de quando algo estava provado ou não, e, se estivesse provado, eles realmente criam nisso. Eles ainda ligavam o pensamento à ação e estavam prontos a alterar o curso de suas vidas como resultado de uma coerente linha de pensamento. No entanto, com a imprensa semanal e outras armas semelhantes*, nós mudamos isso significativamente. Seu rapaz foi acostumado, desde menino, a ter uma dúzia de filosofias incompatíveis entre si dançando juntas em sua cabeça. Ele não pensa nas doutrinas como sendo primariamente “verdadeiras” ou “falsas”, mas como sendo “acadêmicas” ou “práticas”, “ultrapassadas” ou “contemporâneas”, “convencionais” ou “rigorosas”. Jargão, e não argumento, é nosso maior aliado para mantê-lo fora da Igreja. Não perca tempo fazendo-o pensar que o materialismo é verdadeiro! Faça-o pensar que é forte, ou resoluto, ou corajoso – que é a filosofia do futuro. É com esse tipo de coisas que ele se importa.

O problema com o argumento é que ele leva a luta para o terreno do Inimigo. Ele também sabe argumentar, enquanto que no tipo de propaganda materialmente prática que estou sugerindo Ele se tem mostrado por séculos ser muito inferior ao nosso Pai lá de Baixo. Pelos simples ato de argumentar você desperta a razão do paciente, e, uma vez despertada, quem pode prever o resultado disso? Mesmo que uma linha específica de raciocínio possa ser distorcida de modo a concluir a nosso favor, você descobrirá que reforçou no seu paciente o hábito fatal de estar atento às questões universais e de retirar sua atenção do fluir das experiências sensoriais imediatas. Sua tarefa é fixar a atenção dele nesse fluir. Ensiná-lo a chamar isso de “vida real”, e não deixe ele se perguntar o que quer dizer com “real”.

Lembre-se de que ele não é um espírito puro, como você é. Nunca tendo sido humano (oh, aquela abominável vantagem do nosso Inimigo), você não percebe o quanto eles são escravizados pela pressão do ordinário, do normal. Eu tive uma vez um paciente, um ateu convicto, que costumava ler no Museu Britânico. Um dia, enquanto ele lia, eu vi uma linha de pensamento em sua mente começando a tomar o caminho errado. O Inimigo, é claro, estava nesse momento no seu ouvido. Antes que eu pudesse me dar conta da situação, vi meus vinte anos de trabalho começarem a se perder. Se eu tivesse perdido a cabeça e começado uma defesa com argumentos teria fracassado completamente. Mas eu não fui tolo a esse ponto. Desferi imediatamente um golpe na parte do ser humano que eu controlo melhor e sugeri que já estava quase na hora dele almoçar. O Inimigo, presumivelmente, (você já percebeu como não conseguimos ouvir bem o que Ele diz a eles?) fez a contra sugestão de que aquilo era mais importante do que o almoço. Pelo menos é o que suponho, pois quando eu disse “Certo. De fato é importante demais para ser enfrentado no final da manhã”, o paciente animou-se consideravelmente, e quando acrescentei “Muito melhor voltar a isso com a mente mais fresca”, ele já estava a meio caminho da porta. Uma vez do lado de fora, a batalha estava ganha. Mostrei a ele o menino vendedor de jornais anunciando o periódico vespertino e o ônibus 73 passado, e, antes que ele chegasse ao final da escada, eu já tinha incutido nele uma convicção inabalável de que para dissipar quaisquer idéias estranhas que passem pela cabeça de um homem quando ele está sozinho com seus livros era suficiente uma saudável dose de “vida real” (o que para ele queria dizer o ônibus e o jornaleiro), para mostrar que esse “tipo de coisa” simplesmente não pode ser verdade. Ele sabia que tinha escapado por pouco e, anos depois, se comprazia em falar sobre “aquele senso inarticulado de realidade que é nossa última salvaguarda contra as aberrações da lógica pura”. Ele está agora seguro na casa de Nosso Pai.

Você está começando a entender o ponto? Graças a processos que colocamos em marcha neles séculos atrás, eles acham quase que totalmente impossível crer naquilo que não é familiar quando o que é familiar está diante de seus olhos. Continue imprimindo no íntimo dele a “normalidade” das coisas. E, sobretudo, não tente usar a ciência (quero dizer, a verdadeira ciência) como defesa contra o Cristianismo. Ela vai encorajá-lo positivamente a pensar sobre realidades que ele não pode ver ou tocar. Tem havido casos tristes entre os físicos modernos. Se ele tiver que se aventurar com a ciência, mantenha-o na economia e na sociologia, não deixe que ele se afaste daquela inestimável “vida real”. Mas o melhor é evitar que ele leia qualquer tipo de ciência e dar a ele, em lugar disso, uma grande noção geral de que ele já sabe tudo e de que o que ele ocasionalmente capta em conversas ou leituras são os “resultados das pesquisas modernas”. Por favor, lembre-se de que você está aí para confundi-lo. Pelo modo como vocês, jovens capetas, falam até parece que o trabalho de vocês é “ensinar”!

Do seu afetuoso tio,

Coisa-Ruim

* Imagine-se o que C S Lewis diria hoje diante dos nossos modernos veículos de comunicação virtual instantânea que propagam idéias e doutrinas numa velocidade e diversidade sem precedentes (Nota do Tradutor).

Disponível em

http://members.fortunecity.com/phantom1/books2/c._s._lewis_-_the_screwtape_letters.htm

Tradução de Fernando Sabóia Vieira

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Orações do Cotidiano

Senhor, fazei-me um instrumento da vossa paz.
Onde há ódio, que eu leve amor,
Onde há ofensa, perdão,
Onde há dúvida, fé,
Onde há desespero, esperança,
Onde há trevas, luz,
Onde há tristeza, alegria.

Oh, Mestre Divino,
Fazei que eu procure mais
Consolar do que ser consolado,
Compreender do que ser compreendido,
Amar do que ser amado,
Pois é em dar que recebemos,
Em perdoar que somos perdoados
E é morrendo que nascemos para a vida eterna.

Francisco de Assis

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano Novo 2011

Ter a coragem de começar
todas as coisas novas
que o Senhor quer criar
em minha vida
sem restrições, sem questionamentos
com alegria.

Ter a alegria de continuar
tudo o que o Senhor está renovando
em minha vida
e por meio dela
sem retrocesso, sem desânimo
com esperança.

Ter a esperança de alcançar
todas as coisas novas
que o Senhor tem para mim
e ver toda a Sua Glória
sem medos, sem condições
com um profundo amor a Ele.

Fernando Sabóia, de "Versos no Altar"

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mensagem do Tio Horácio

CARO FERNANDO,

NESTE PRIMEIRO DIA DO ANO MEU AGRADECIMENTO ESPECIAL PELOS SEUS PRECIOSOS POEMAS E TEXTOS REMETIDOS EM 2010.
ESPERO CONTINUAR A RECEBÊ-LOS EM 2011.
Na fraternidade da palavra e da Palavra,
Horácio Dídimo
ANO NOVO

O TEMPO PASSA

O RIO CORRE

A VIDA É GRAÇA

A FÉ NÃO MORRE


A CHUVA CAI

O SOL DESCANSA

CADA ANO TRAZ

NOVA ESPERANÇA


UM VENTO BREVE

TOCA DE LEVE

EM CADA FLOR


DEUS TRINO E TERNO

NOS DIZ QUE ETERNO

É SEU AMOR


Horácio Dídimo

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