Eu acredito
Eu acredito em encontros e olhares
Que revelam almas e corações
Eu acredito em palavras
Silêncios e gestos
Que transformam almas
Movem propósitos
E traçam destinos eternos
Nesta vida passageira
Eu acredito em promessas e sonhos
Que fazem pessoas e futuros
Se unirem para sempre
E nunca mais se perderem
Umas das outras
Ainda que haja mais invernos
Do que primaveras
Nestes anos ensandecidos
Eu acredito em nossos encontros
Olhares, promessas e sonhos
Embora a vida endurecida
E a luta, mesmo vencida,
Tenham por vezes esquecido
A necessária ternura
Mas não eu
Eu sou aquele que acredita
Eu sou aquele que se lembra
Eu sou aquele que guarda
No fundo da alma
Toda a ternura do mundo
Fernando Saboia
de "Sessenta Anos"
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