Uma convocação de oração para a Igreja
Fernando Saboia Vieira – isn/bsb/set/2021/AD
Caros irmãos e irmãs, companheiros de jornada,
Em tempos tão difíceis e confusos como os que temos vivido, até mesmo uma convocação da Igreja para uma agenda de oração pode apresentar dúvidas e perplexidades.
Creio que precisamos buscar em Deus não apenas os temas, assuntos e palavras corretas para nossas petições, intercessões e súplicas, mas também e principalmente o coração, a motivação e a atitude interior alinhados com o Senhor e o Seu Reino, para que possamos orar de modo apropriado, segundo Sua vontade.
Sem isso, facilmente poderemos nos perder em meio a conflitos, ideias, motivações e propósitos que, apesar deterem, eventualmente, sentido e pertinência no plano terreno de nossa existência, em meio ao presente caos moral, social e político em que nos encontramos, podem, ainda assim, estar em desconformidade com o que as Escrituras nos prescrevem para nós, discípulos de Jesus.
Creio que um guia seguro para nossas orações está exatamente no ensino de Jesus, quando Ele diz, explícita e diretamente aos discípulos, como eles deveriam orar, em Mateus 6:9-10:
- A santificação do nome do nosso Pai, que está nos céus, o nome que nós carregamos o tempo todo como filhos, nos tornando depositários da Sua honra, dignidadee propósitos. Ao iniciarmos nossas orações, devemos sempre nos lembrar de quem somos e de quem é o nosso Pai a quem nos dirigimos.
- Que Sua vontade, e não a nossa, e não a de quem quer que seja, prevaleça. É necessário que busquemos discernir a vontade do Senhor, e não presumir, apressada e presunçosamente, que a conhecemos, mais ainda quando se trata de situações concretas complexas e conflituosas.
Outra atitude que me parece fundamental, quando nos dispomos a orar, é a apontada por Jesus na parábola do fariseu e do publicano, na qual dois homens, com disposições opostas de coração, se colocam diante de Deus em oração (Lucas 18:9-14). Como escreveu Andrew Murray, embora as palavras do fariseu raramente sejam ouvidas no meio dos irmãos, o seu espírito nunca está de todo ausente, e precisamos nos precaver, cada um de nós,quanto a ele.
Nossa justiça própria, nosso senso pessoal de valor, nossas convicções e opiniões, nossa indignação e mesmo nossas melhores intenções poderão, facilmente, se tonar muralhas entre nós e o Senhor, na medida em que colocam nosso eu em primeiro plano.
Diferentemente, a humildade e o quebrantamento moverão a nosso favor a Sua misericórdia e permitirão que nossos clamores cheguem ao Seu trono de graça, corrigindo nossas motivações e revelando o coração do Pai. Acho que muitas vezes minhas dúvidas e temores foram e são mais úteis a Deus do que minhas convicções e impetuosidades.
Pensando objetivamente nos nossos dias difíceis, podemos, com bastante certeza, a partir das Escrituras, apontar alguns motivos gerais de oração e súplica para o povo de Deus hoje:
Assumindo, dessa maneira, uma perspectiva do reino de Deus nas nossas orações, e considerando que vivemos neste mundo e é aqui que precisamos viver e proclamar, podemos e devemos colocar em nossa agenda de intercessão questões e pessoas específicas, assim como os conflitos e dramas de nossa geração, segundo as orientações bíblicas:
1ª a Timóteo 2:1-4
Tito 3:1-2
Romanos 13:1-7
1ª de Pedro 2:13-17
Quem são as autoridades pelas quais devemos orar?
Como cristãos, não podemos nos associar aos revoltosos, aos que disseminam ódios, iras econflitos, aos que pregam e buscam a tomada do poder pela via da força e da desobediência (Provérbios 24:21).
Não podemos nos envolver nas disputas por influência e poder neste mundo mediante recursos não legais e pacíficos. Jesus recusou expressamente esse caminho na tentação no deserto.
Precisamos, então, orar para que
Como discípulos de Jesus, devemos ser mais do que pacifistas. Devemos ser pacificadores, promotores da paz, para que sejamos chamados de filhos de Deus!!
A denúncia do mal e a postulação pelo bem não podem se tornar motivos para ódios, indignações, iras, revoltas, maledicências, vinganças.
Precisamos orar como quem tem fome e sede de justiça, mas da justiça do reino dos céus.
Oramos, pois
Devemos, em oração, entregar essas causas ao único Juiz, sabendo que apenas na manifestação do Seu Reino é que a justiça será feita de forma justa e plena.
Queridos irmãos e irmãs, que a suficiente graça de Jesus seja com todos nós nesses dias difíceis.
Vamos orar e interceder pela nossa geração e pelas pessoas do nosso País.
A Igreja diz: Maranata! Vem, Senhor Jesus!
Seu conservo,
Fernando
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