sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

 O Trovador



Escrevo cartas a ninguém

Lançadas ao mar e ao vento

Faço versos que não rimam

Sobre beleza e desalento


Componho canções silenciosas

Cantadas nos mundos que invento

Conto histórias sem memórias

De luz e esperança no sofrimento 


Palavras sem destino

Em frases alucinadas

Sentimentos intensos

Em almas caladas


Meu ofício, minha sina

Minha arte, minha jornada

Meu sentido, meu abrigo

Minha última morada


Fernando Saboia


Nenhum comentário:

Postar um comentário