sexta-feira, 13 de abril de 2018

Gustavo Fez Trinta Anos




08 de abril de 2018

Querido filho,


         Não quero falar do tempo que passou, de que me lembro de você ainda um “Guguinha”, pendurado em mim, fazendo todas as perguntas do mundo, se aventurando em cada desafio, em cada brincadeira... Nem mesmo dizer o quanto seu filho me lembra você e o quanto ver vocês dois me enche de alegria e de carinho.

         Quero olhar para o futuro, para o seu futuro e pensar se tenho algo a lhe dizer sobre o que vem adiante. Até agora, seus desafios foram no sentido de crescer, de se desenvolver, de vencer suas debilidades e alcançar níveis elevados de capacitação, de conhecimento, de força, de habilidades e de liderança. Posso lhe dizer que, nos anos que virão, seus maiores inimigos não serão seus defeitos e carências, mas suas virtudes e capacidades. Você precisará aprender a não se deixar governar por elas, mas a mantê-las sob o comando da fonte essencial da vida, que é a sua comunhão com Deus. Não é porque algo pode ser feito que deverá ser feito, o conhecimento deve se tornar sabedoria, a força precisa ser contida pela mansidão, as habilidades devem atuar em cooperação e a liderança deve significar sujeição e serviço.

         “Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos louvores que recebe” (Provérbios 27:21). É bem que um homem seja digno de elogios e de admiração. Que seja reconhecido e tenha o respeito dos demais. Esse deve ser o alvo de todos os homens que desejam glorificar a Deus em suas vidas. Mas quando alcançamos alguma medida de sucesso perante as pessoas e nos percebemos capazes de significativas realizações, devemos nos acautelar e nos refugiar constantemente na Presença íntima de Deus para receber d’Ele a aprovação ou a correção de tenhamos verdadeira necessidade. Ele nos conhece como somos, nos ama assim mesmo e está continuamente trabalhando para formar em nós Sua Imagem.

         Você me superou em praticamente tudo. Sei que alcançará muitas coisas e será grandemente usado por Deus. Porque sei que continuará temente ao Senhor e consciente de sua dependência d’Ele. Agradeço a Deus por sua vida e por sua amizade sincera, que faz com que você sempre me diga o que vai no seu coração, com que me veja como irmão em Cristo, sem deixar de me honrar como seu pai.

         Que a graça de Jesus seja com você e com sua linda (e crescente) família. Beijo do pai,

         Fernando

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