quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Explosão de Silêncio



“... eu fiz calar e sossegar a minha alma...”


Uma bomba de milhões de megatons
De silêncio
Explodiu dentro de mim
E abriu um imenso salão de espaços
Enormes e luzes
Fugidias, de sombras voláteis
E de presenças suaves, de ausências
Diáfanas e de memórias
Mudas, de futuros calados
E de histórias sem começos

Uma paz silente
Estranha e eloquente flui
De incomensuráveis abismos
E envolve todas as horas e lugares
Todas as dores e amores

Colunas colossais fundadas
Nas raízes dos tempos
Sustentam um céu aberto
E profundo
Onde flutuam perplexidades
Como estrelas coloridas
E perguntas passeiam
Como cometas de longas caudas
Brilhantes

Tudo pode acontecer
Mas nada mais é necessário

Uma bomba de silêncio
Explodiu dentro de mim
E o Espírito de Deus agora
Paira sobre a face do abismo


Fernando Sabóia

Fevereiro de 2012, AD


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Lisboa

ando por ruas estreitas
de quando a vida era simples

piso pedras polidas pelo tempo
com a sensação de ter daqui
um dia partido
sem nunca ter aqui estado antes

recolho lembranças e futuros
nunca dantes navegados

ouço canções
que falam de um tristeza antiga
e incompreensível
que eu sempre trouxe na alma
sem nomes, sem datas
e sem histórias
e que agora encontro nos rostos,
esquinas e praças

poderia aqui viver e morrer
e não seria um exilado
mas minha alma
aquecida pelos trópicos
quer o mar quente e o luar puro
o sertão árido
e as terras amplas
onde me foi dado nascer e viver
e aos quais agora pertenço


Lisboa, 24 out 08, AD

Fernando Sabóia Vieira
De “Versos Exilados”

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Conhecer

"Peut-être n'aurei-je rien à dire sur ce que je verrai. Quand une femme me paraît belle, je n'ai rien à en dire. Je la vois sourire, tout simplement. Les intellectuels démontent le visage, pour l'expliquer par les morceaux, mais ils ne voient plus le sourire.
Connaître, ce n'est pas démonter, ni expliquer. C'est accéder à la vision. Mais, pour voir, il convient d'abord de participer. Cela est dur apprentissage..."

Antoine de Saint-Exupéry, "Mission sur Arras".

Plenos de Deus, Cheios de frutos

“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.”

    Jesus não veio apenas nos livrar da condenação do pecado e do inferno. Ele veio para nos regenerar e nos dar acesso a uma vida abundante. Ele mesmo é a Porta para os pastos verdejantes. Seu Espírito é a fonte de água vida, que jorra para a eternidade. Sua proposta para nós é a de uma vida plena de comunhão com Deus, de amor, alegria, paz e esperança, que produza muitos frutos para o Reino do Pai.

    Deus nos criou com faculdades e capacidades maravilhosas que foram embotadas ou distorcidas pelo pecado. O Senhor quer restaurá-las para que sejam plenamente usadas a Seu serviço: a inteligência, a imaginação, a criatividade, os sentimentos, o discernimento, a consciência moral, o senso de justiça e de beleza.

    Jesus foi um homem que utilizou plenamente suas faculdades. A vida dele foi plena da presença de Deus por meio da ação do Espírito Santo. Por isso também foi uma vida plena de frutos para o Pai.

    Ele nos chama para uma vida assim. Foi para isso que Jesus veio. Agora, podemos nos perguntar: como ser pleno de Deus? Como buscar esse enchimento? O que é, afinal, essa vida abundante? O que nos impede de tê-la? Que frutos ela deve produzir?

    Esse será o tema de nossa meditação e busca de Deus no nosso retiro de fevereiro de 2012. Convidamos todos os participantes para essa jornada.

    Que a graça de Jesus seja com todos.


    Fernando Sabóia