Esse assunto me tem voltado ao espírito. Creio ser necessária uma constante reflexão sobre os perigos envolvidos com o engano do pecado.
Escrevi no ano passado sobre isso, mas como se trata de um texto relativamente longo (19 páginas) estou colocando aqui no blog apenas a "Introdução" comprometendo-me a enviar o arquivo completo a quem desejar.
Escrevi no ano passado sobre isso, mas como se trata de um texto relativamente longo (19 páginas) estou colocando aqui no blog apenas a "Introdução" comprometendo-me a enviar o arquivo completo a quem desejar.
Hebreus 3:12-13
I – INTRODUÇÃO
As Escrituras nos advertem seriamente quanto ao perigo do “endurecimento” (sklerosis) que é causado pelo “engano do pecado”.
O pecado, quando é claro, expresso e reconhecido tem tratamento pela confissão e pelo perdão. O sangue de Jesus derramado na cruz é a solução suficiente, definitiva e acessível pela fé.
No entanto, temos que nos precaver contra o “engano” do pecado, que pode nos impedir de perceber sua presença e sua malignidade, nos mantendo distantes da possibilidade de perdão e de cura.
O engano é uma representação falsa da realidade, na mente e no coração. Quando estamos enganados, temos como válidas idéias, percepções e imagens que não correspondem aos fatos da vida ou às verdades de Deus.
Se permanecermos no engano, aos poucos vamos perdendo a capacidade de reconhecer a realidade, confundindo-a com aquela falsamente percebida por nós.
É como se tivéssemos uma tela de cinema diante dos olhos que nos impedisse de ver a vida real por trás dela.
Se isso acontece com respeito ao pecado, o que ocorre é que nossa consciência moral vai se esclerosando, endurecendo, perdendo a sensibilidade e a capacidade de nos alertar quanto à distinção entre o bem e o mal, até ficar totalmente cauterizada e perder sua funcionalidade
Nesse estado, não mais conseguimos discernir a qualidade moral de nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos.
Isso, no entanto, não acontece sem graves danos para o indivíduo, pois os conflitos morais não resolvidos se tornam distorções no caráter, violações nos relacionamentos e desequilíbrios psíquicos e emocionais.
Somos seres morais e essa é uma dimensão fundamental de nossas vidas. Há, hoje, toda uma operação do engano montada para tentar negar esse fato e levar os homens a não reconhecerem como válidos os valores fundamentais da pessoa.
A expressão “engano do pecado” pode ter um duplo sentido:
1) O pecado é um engano e ele nos endurece, nos cega, impede de vermos a realidade, nos oferece uma realidade ilusória.
O pecado cria na mente e no coração do homem uma ilusão, um mundo irreal no qual não existe um Deus santo perante o qual temos que prestar contas de nossos atos, pensamentos e palavras.
Assim, só o que resta é o predomínio da busca do prazer e da satisfação nessa vida efêmera e sem sentido e o desespero. Mas as pessoas, enganadas pelo pecado, vivem como se suas vidas fizessem sentido, iludindo-se de várias formas.
2) Nossos enganos (falsas representações da realidade) nos levam a não reconhecermos o pecado e a vivermos envolvidos com ele ao ponto de endurecermos a consciência e de perdermos a capacidade de discernir e de nos arrependermos.
A realidade chega à nossa mente por meio dos nossos sentidos físicos e espirituais. Vemos, ouvimos, sentimos e processamos essas informações com base em nossos conceitos, valores e crenças. Ao fazermos isso utilizamos maneiras de pensar que herdamos e aprendemos ao longo da vida.
Assim, um determinado pensamento, sentimento ou ato passa por vários filtros até formamos um entendimento sobre sua natureza moral. Quando estamos enganados, podemos não ver, sentir ou compreender o pecado como pecado, mas atribuir ao fato um outro conceito ou valor.
Em qualquer dos casos, há a necessidade de nos exortarmos uns aos outros, pois, se estivermos enganados, vamos precisar de algum tipo de ajuda externa para sermos advertidos e despertados.
A igreja desempenha um papel fundamental nisso por meio dos relacionamentos e vínculos. Pessoas próximas a mim podem perceber meu engano e me advertir.
Nesse passo, é importante explicitar dois fundamentos iniciais e o propósito que deve governar tudo o que dizemos ou fazemos.
Os dois fundamentos são os seguintes:
1) O que é o pecado. Dito de forma simples, o pecado é a separação entre Deus e o homem provocada pela desobediência deste, produto da sua soberba e do seu desejo de independência. Vale dizer, pecado é toda desobediência humana a um mandamento de Deus que provoca a quebra da comunhão com o Criador.
2) O pecado mata. Existe uma sentença de Deus contra o pecado. Não podemos ser levianos ou superficiais quando se trata disso. Jamais um engano no diagnóstico fez desaparecer a enfermidade. Assim, falsos conceitos sobre o pecado não impedem suas conseqüências nefastas.
O propósito em tratar essa questão deve também ficar claro.
Reconhecer e apontar o pecado com clareza tem o propósito de despertar do engano e levar cada um a reconhecer sua real posição diante de Deus e a avaliar áreas da vida que podem estar sendo contaminadas pela presença não percebida do mal.
Não tem como objetivo condenar, discriminar ou rejeitar o pecador, mas, sim, salvá-lo, comunicar-lhe a graça e o amor de Deus, despertando-o para sua verdadeira situação espiritual.
Trata-se de uma exortação e exortar significa isso: corrigir, animar, encorajar, pôr-se ao lado para estimular e ajudar a abandonar o erro e a seguir a verdade, a prosseguir na caminhada por veredas retas e elevadas.
Esse é um ministério da igreja e um serviço que temos que prestar uns aos outros.
Fernando Sabóia, BsB, 2009, de "O Engano do Pecado".
O pecado, quando é claro, expresso e reconhecido tem tratamento pela confissão e pelo perdão. O sangue de Jesus derramado na cruz é a solução suficiente, definitiva e acessível pela fé.
No entanto, temos que nos precaver contra o “engano” do pecado, que pode nos impedir de perceber sua presença e sua malignidade, nos mantendo distantes da possibilidade de perdão e de cura.
O engano é uma representação falsa da realidade, na mente e no coração. Quando estamos enganados, temos como válidas idéias, percepções e imagens que não correspondem aos fatos da vida ou às verdades de Deus.
Se permanecermos no engano, aos poucos vamos perdendo a capacidade de reconhecer a realidade, confundindo-a com aquela falsamente percebida por nós.
É como se tivéssemos uma tela de cinema diante dos olhos que nos impedisse de ver a vida real por trás dela.
Se isso acontece com respeito ao pecado, o que ocorre é que nossa consciência moral vai se esclerosando, endurecendo, perdendo a sensibilidade e a capacidade de nos alertar quanto à distinção entre o bem e o mal, até ficar totalmente cauterizada e perder sua funcionalidade
Nesse estado, não mais conseguimos discernir a qualidade moral de nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos.
Isso, no entanto, não acontece sem graves danos para o indivíduo, pois os conflitos morais não resolvidos se tornam distorções no caráter, violações nos relacionamentos e desequilíbrios psíquicos e emocionais.
Somos seres morais e essa é uma dimensão fundamental de nossas vidas. Há, hoje, toda uma operação do engano montada para tentar negar esse fato e levar os homens a não reconhecerem como válidos os valores fundamentais da pessoa.
A expressão “engano do pecado” pode ter um duplo sentido:
1) O pecado é um engano e ele nos endurece, nos cega, impede de vermos a realidade, nos oferece uma realidade ilusória.
O pecado cria na mente e no coração do homem uma ilusão, um mundo irreal no qual não existe um Deus santo perante o qual temos que prestar contas de nossos atos, pensamentos e palavras.
Assim, só o que resta é o predomínio da busca do prazer e da satisfação nessa vida efêmera e sem sentido e o desespero. Mas as pessoas, enganadas pelo pecado, vivem como se suas vidas fizessem sentido, iludindo-se de várias formas.
2) Nossos enganos (falsas representações da realidade) nos levam a não reconhecermos o pecado e a vivermos envolvidos com ele ao ponto de endurecermos a consciência e de perdermos a capacidade de discernir e de nos arrependermos.
A realidade chega à nossa mente por meio dos nossos sentidos físicos e espirituais. Vemos, ouvimos, sentimos e processamos essas informações com base em nossos conceitos, valores e crenças. Ao fazermos isso utilizamos maneiras de pensar que herdamos e aprendemos ao longo da vida.
Assim, um determinado pensamento, sentimento ou ato passa por vários filtros até formamos um entendimento sobre sua natureza moral. Quando estamos enganados, podemos não ver, sentir ou compreender o pecado como pecado, mas atribuir ao fato um outro conceito ou valor.
Em qualquer dos casos, há a necessidade de nos exortarmos uns aos outros, pois, se estivermos enganados, vamos precisar de algum tipo de ajuda externa para sermos advertidos e despertados.
A igreja desempenha um papel fundamental nisso por meio dos relacionamentos e vínculos. Pessoas próximas a mim podem perceber meu engano e me advertir.
Nesse passo, é importante explicitar dois fundamentos iniciais e o propósito que deve governar tudo o que dizemos ou fazemos.
Os dois fundamentos são os seguintes:
1) O que é o pecado. Dito de forma simples, o pecado é a separação entre Deus e o homem provocada pela desobediência deste, produto da sua soberba e do seu desejo de independência. Vale dizer, pecado é toda desobediência humana a um mandamento de Deus que provoca a quebra da comunhão com o Criador.
2) O pecado mata. Existe uma sentença de Deus contra o pecado. Não podemos ser levianos ou superficiais quando se trata disso. Jamais um engano no diagnóstico fez desaparecer a enfermidade. Assim, falsos conceitos sobre o pecado não impedem suas conseqüências nefastas.
O propósito em tratar essa questão deve também ficar claro.
Reconhecer e apontar o pecado com clareza tem o propósito de despertar do engano e levar cada um a reconhecer sua real posição diante de Deus e a avaliar áreas da vida que podem estar sendo contaminadas pela presença não percebida do mal.
Não tem como objetivo condenar, discriminar ou rejeitar o pecador, mas, sim, salvá-lo, comunicar-lhe a graça e o amor de Deus, despertando-o para sua verdadeira situação espiritual.
Trata-se de uma exortação e exortar significa isso: corrigir, animar, encorajar, pôr-se ao lado para estimular e ajudar a abandonar o erro e a seguir a verdade, a prosseguir na caminhada por veredas retas e elevadas.
Esse é um ministério da igreja e um serviço que temos que prestar uns aos outros.
Fernando Sabóia, BsB, 2009, de "O Engano do Pecado".
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