Brasília,
no primeiro dia de agosto de 2016, AD.
Aos jovens pais, Gustavo e Rafaela e a
todos os outros pais e mães companheiros de jornada,
Que
a incompreensível Paz de Jesus guarde a mente e o coração de vocês nesses dias
tão intensos de esperas, ansiedades, pensamentos, planos, temores, sonhos e sentimentos
que prenunciam uma nova vida.
Que
essa Paz guarde seus pensamentos e os proteja contra as dúvidas, as incertezas,
os conflitos de ideias, de conceitos e de conselhos que certamente lhes
sobrevirão. Busquem refúgio e proteção nos pensamentos de Deus aos quais vocês
têm acesso na Paz de Cristo à qual foram chamados. Abriguem-se na Sua verdade,
na Sua santidade, na suficiência do Seu poder revelados na vida de vocês. Não se
rendam ao pessimismo, ao ceticismo, ao caos aparente da vida. Não estamos
envolvidos numa loteria cósmica. Vivemos o propósito eterno de Deus que opera
em todas as coisas no sentido de Sua vontade. Assim, ocupe o pensamento de
vocês tudo o que for do alto, que for bom, que for virtuoso, que for de boa
fama, que for louvor ao Senhor.
Vocês
saberão, a cada dia, o que fazer. Saberão escolher, saberão decidir, saberão
confiar no Senhor. O Espírito Santo continuamente lhes comunica a mente de
Cristo. Não se trata de acertar sempre, mas de crer e confiar sempre no Deus
que é maior do que nossos erros e cujo propósito para esse menino não será
frustrado por eventuais falhas de seus pais.
Que
essa incompreensível Paz guarde também o coração de vocês e os proteja dos
sentimentos sombrios, e negativos que poderão lhes ocorrer quando considerarem
o estado deste mundo caído e mau, quando pesarem os cuidados necessários com a
família, quanto tentarem antever o futuro.
Não
se turbe o coração de vocês. Creiam em Deus e creiam em Jesus. Encham-se dos
sentimentos de Deus, da Sua alegria com a vida que Ele mesmo cria e sustenta, o
Seu constante amor para com cada ser criado à Sua Imagem e Semelhança.
Novamente,
é o Espírito quem derrama em nosso coração esse amor do Pai a cada momento em
que vivemos e esse amor é repleto de cuidado, de proteção, de amizade, de
comunhão, de ternos afetos. Nas ocasiões mais difíceis será sempre esse amor a
nos sustentar e nos proteger a alma, na Paz de Cristo.
Essa
Paz, como sabem, é produto da nossa reconciliação com Deus feita por Jesus na
cruz. Ela não depende de circunstâncias da nossa alma ou do mundo em que estamos.
Não está fundada na economia, na política, na ciência nem na nossa capacidade e
sabedoria. O que temos a fazer é tão somente nos colocarmos sempre na Sua
Presença e apresentarmos, em oração e súplica, todos os nossos anseios,
dúvidas, medos, necessidades, sonhos e pedidos, com ações de graças.
Finalmente,
permitam-me citar um texto de Lady Juliana de Norwich, do meu ‘baudofernando’:
“Também
ele me mostrou uma coisa muito pequenina... Eu me admirei de como tal coisa
poderia subsistir, porque conjecturei que ela poderia, de repente, desaparecer,
de tanta pequenez. E me foi respondido no meu entendimento: ‘ela subsiste e
sempre subsistirá porque Deus a ama’. Então, tudo tem o seu ser por causa do
amor de Deus. Nessa pequenina coisa eu vi três propriedades: a primeira, que
Deus a fez, a segunda, que Deus a ama e a terceira, que Deus a mantém”.
Esse
pequeno que vocês têm (ou logo terão) nos braços, Deus o criou, Deus o ama e
Deus o sustenta. Assim como a vocês. Que o Deus da Paz os guarde na suficiente
graça de Jesus e na consolação do Seu Espírito.
Fernando Saboia Vieira
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