“PARA
O BEM DOS QUE AMAM A DEUS...” Romanos 8:28-30
Irmãos
queridos,
Analisando
os verbos contidos nessa passagem, percebi que amar a Deus é a única ação que o
texto atribui a nós. Todas as demais ações descritas são de Deus a nosso favor.
Podemos,
assim, concluir que amar a Deus é a maneira de nos colocarmos na condição em
que Ele pode fazer com que todas as coisas cooperem para nosso bem, segundo o
Seu propósito.
Ocorre
que quando nos vemos em situações difíceis, sofridas, complicadas, facilmente
esquecemos o amar a Deus como centro de nossa vida e como nossa primeira e
absoluta prioridade, como apontou Jesus (Mateus 22:37-38; Deuteronômio 6:4-9).
Algumas
evidências desse esquecimento são
nossa ansiedade, medo, murmuração, questionamentos, pensamentos confusos,
sofismas, busca de soluções próprias, expectativas nos homens, ações e
iniciativas, precipitadas e independentes. Tudo isso demonstra o desfoque do
nosso amor e nos afasta do propósito de Deus.
Amar
a Deus santifica e direciona todo nosso ser e nosso viver, pois envolve o
coração, isto é, confiança, esperança, sentimentos, pensamentos, decisão,
afetos; a alma, sede da vontade, valores, prioridades, identidade,
entendimento, integridade, eternidade, significado e proposito,
relacionamentos; e ainda toda nossa força, vale dizer, ação, trabalho, esforço,
obra, serviço, realizações.
Por
outro lado, se não buscamos amar a Deus acima de tudo, seu propósito se perde
em nossas vidas, se esvai pelos buracos que são produzidos em nós por nossos
falsos amores e confiança, em nós mesmo, nas pessoas, no mundo.
Somente
o amar a Deus nos coloca em harmonia com o Seu propósito. Do contrário, só
resta o caos e a desordem, o não amor.
Devemos
nos lembrar de que o centro de toda tentação é nos afastar do amor a Deus, da
confiança total nele, da completa entrega e serviço a Ele, com todo nosso ser.
Se qualquer aspecto ou área da nossa vida permanecer fora, nosso amor será
falso e distorcido: ou será hipócrita, apenas com os lábios; ou será legalista,
apenas com atos externos; ou será efêmero, apenas com sentimentos.
Podemos
mesmo dizer que toda santidade e espiritualidade estão contidas nisso, em amar
a Deus com todo o ser, com todo o fazer, com todo o pensar, o tempo todo.
Amamos
a Deus em qualquer circunstância? Talvez hoje Ele esteja nos dando
oportunidades de aprender a amá-lo e, assim, nos fazer o bem.
Thérèse
de Lisieux orou da seguinte forma, acerca do amar a Deus: “Minha vida é um instante, uma hora que passa; minha vida é um momento
que não tenho o poder de reter. Tu sabes, oh meu Deus, que para te amar aqui na
Terra eu tenho apenas hoje.”.
Como
aprender e crescer no amar a Deus? Alguns caminhos nos são apontados pelos
mestres da Igreja:
·
Conhecer mais a Deus pela Palavra,
meditação, adoração, contemplação.
·
Relacionar-se, andar com Ele,
conversar com Ele cotidianamente.
·
Guardar seus mandamentos, fazer Sua vontade,
para que Ele venha habitar em nós.
·
Perseverar nas provações, tentações e
circunstâncias adversas, esperando Seu socorro.
·
Imitar a vida de Jesus.
·
Amar os homens, pois esse é o segundo
mandamento, semelhante ao primeiro.
Brasília,
agosto/setembro de 2013, AD.
Fernando
Sabóia Vieira
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