terça-feira, 10 de setembro de 2013

O AMOR A DEUS E O PROPÓSITO ETERNO


 “PARA O BEM DOS QUE AMAM A DEUS...” Romanos 8:28-30

                  Irmãos queridos,

          Estive meditando nesses últimos tempos sobre esse texto de Romanos 8:28-30 e chamou-me a atenção um aspecto ao qual não tinha ainda dado a devida ênfase.

Analisando os verbos contidos nessa passagem, percebi que amar a Deus é a única ação que o texto atribui a nós. Todas as demais ações descritas são de Deus a nosso favor.

Podemos, assim, concluir que amar a Deus é a maneira de nos colocarmos na condição em que Ele pode fazer com que todas as coisas cooperem para nosso bem, segundo o Seu propósito.

Ocorre que quando nos vemos em situações difíceis, sofridas, complicadas, facilmente esquecemos o amar a Deus como centro de nossa vida e como nossa primeira e absoluta prioridade, como apontou Jesus (Mateus 22:37-38; Deuteronômio 6:4-9).

Algumas evidências desse esquecimento são nossa ansiedade, medo, murmuração, questionamentos, pensamentos confusos, sofismas, busca de soluções próprias, expectativas nos homens, ações e iniciativas, precipitadas e independentes. Tudo isso demonstra o desfoque do nosso amor e nos afasta do propósito de Deus.

Amar a Deus santifica e direciona todo nosso ser e nosso viver, pois envolve o coração, isto é, confiança, esperança, sentimentos, pensamentos, decisão, afetos; a alma, sede da vontade, valores, prioridades, identidade, entendimento, integridade, eternidade, significado e proposito, relacionamentos; e ainda toda nossa força, vale dizer, ação, trabalho, esforço, obra, serviço, realizações.

Por outro lado, se não buscamos amar a Deus acima de tudo, seu propósito se perde em nossas vidas, se esvai pelos buracos que são produzidos em nós por nossos falsos amores e confiança, em nós mesmo, nas pessoas, no mundo.

Somente o amar a Deus nos coloca em harmonia com o Seu propósito. Do contrário, só resta o caos e a desordem, o não amor.

Devemos nos lembrar de que o centro de toda tentação é nos afastar do amor a Deus, da confiança total nele, da completa entrega e serviço a Ele, com todo nosso ser. Se qualquer aspecto ou área da nossa vida permanecer fora, nosso amor será falso e distorcido: ou será hipócrita, apenas com os lábios; ou será legalista, apenas com atos externos; ou será efêmero, apenas com sentimentos.

Podemos mesmo dizer que toda santidade e espiritualidade estão contidas nisso, em amar a Deus com todo o ser, com todo o fazer, com todo o pensar, o tempo todo.

Amamos a Deus em qualquer circunstância? Talvez hoje Ele esteja nos dando oportunidades de aprender a amá-lo e, assim, nos fazer o bem.

Thérèse de Lisieux orou da seguinte forma, acerca do amar a Deus: “Minha vida é um instante, uma hora que passa; minha vida é um momento que não tenho o poder de reter. Tu sabes, oh meu Deus, que para te amar aqui na Terra eu tenho apenas hoje.”.

Como aprender e crescer no amar a Deus? Alguns caminhos nos são apontados pelos mestres da Igreja:

·         Conhecer mais a Deus pela Palavra, meditação, adoração, contemplação.

·         Relacionar-se, andar com Ele, conversar com Ele cotidianamente.

·         Guardar seus mandamentos, fazer Sua vontade, para que Ele venha habitar em nós.

·         Perseverar nas provações, tentações e circunstâncias adversas, esperando Seu socorro.

·         Imitar a vida de Jesus.

·         Amar os homens, pois esse é o segundo mandamento, semelhante ao primeiro.

 Que o amor do Pai, a graça de Jesus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos.

Brasília, agosto/setembro de 2013, AD.

Fernando Sabóia Vieira

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