Passeando e poetando Brasília
I
As noites são femininas
Oblíquas
Os carros deslizando sinuosos
Velozes nos contornos e avenidas
Indecisos nas tesourinhas
E retornos
À sombra das árvores que cresceram
E agora dão à cidade iluminada
Sombras de floresta
Em busca da vida
Talvez escondida
Nas entrequadras
Nas entrelinhas
Dos códigos da urbe cifrada
II
Às vezes você se esquece de que
Eu estou
Sempre aqui, de que Eu comando este dia,
Este planalto central, como todos os dias
E todos os planaltos , desde que Eu criei o tempo
E as terras
Eu comando o sol e a chuva
A alegria e o pranto
O lamento e o canto
A guerra e a paz
A ordem, o progresso e também o caos
Eu sou Todos os Poderes
Eu decreto o viver e o morrer
Em tudo sou Exaltado
III
Parece que só eu não estou aqui.
Conheço um caminho
Mas não consigo andar nele.
Penso em tudo e minha mente
Continua vazia, vagando...
Continuo vazio, perambulando
Não consigo pensar em tudo
Nesta cidade
Em tudo pensada
IV
Do que mais gosto
Sobre a chuva
É de sua absoluta ausência
De diálogo
Fernando Sabóia, de "A Explosão de Silêncio".
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Love sonnets, prelude.
Play games, say words,
watch stars.
Invent stories and live
in them.
Create worlds and travel
there.
Use costumes and
fantasies, and dance.
Conquer what you already
have.
Deserve every smile
you’re granted,
Every kiss and touch you
receive,
Walk around and fly, and
dance.
Cherish little things,
celebrate every day,
Do not be afraid of the
new, of the way,
Never neglect gifts and memories,
and dance.
Learn the fine art of
suspending time every when,
The magic trick of
being together everywhere,
The eternal transforming
power of music, and dance.
Fernando Sabóia,
De "A Explosão de Silêncio"
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