quinta-feira, 22 de julho de 2021

"Compadeceu-se delas"

“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor”

(Mateus 9:36)

 

Fernando Saboia Vieira – Isn/BsB/Julho 2021 AD

            

 

            Queridos irmãos e irmãs, companheiros de jornada,

 

 

         Quero compartilhar algo a propósito da mensagem trazida pelo Edilson no último domingo, sobre a Igreja ser a continuadora da obra de Jesus.

Todas as ações de Jesus, tanto os milagres quanto os encontros e conversas, tinham sempre a marca de Sua grande compaixão e misericórdia. Ele se conectava com as pessoas, sentia suas dores, necessidades, dúvidas, ansiedades, medos e misérias. Sofria com seus sofrimentos e com o estado de seus corações afastados de Deus, comovia-se com a ruína de suas vidas causada pelo pecado.

Jesus se enchia de compaixão pelos cansados e desgarrados, e isso o motivava a falar com eles, a se envolver com suas vidas e problemas, a curar suas enfermidades e a anunciar a eles o Reino de Deus (Mateus 11:28-30). Esse sentimento lhe dava uma urgência, uma verdadeira compulsão pela obra que tinha a fazer.  Ele disse mesmo uma vez que esse era o seu verdadeiro alimento (João 4:32-34).

O Senhor nunca agia como um mestre distante, um profeta arredio ou um profissional da religião. Ele “via” as multidões. Não apenas tinha informações sobre elas. Não mantinha uma “distância segura”, mas se envolvia com suas vidas, com seus dramas, com suas más escolhas, com suas ansiedades e necessidades. 

Ele se aproximava, ouvia, conversava, tocava nas pessoas – até nos rejeitados e considerados impuros. Jesus as acolhia mesmo quando já estava cansado de tantas jornadas e trabalhos. 

E o Seu coração se enchia de amor, de misericórdia e de compaixão por todos aqueles que estavam exaustos e perdidos, como ovelhas sem pastor, sem cuidado, sem alimento, sem cura, sem proteção, sem direção, sem salvação.

Na conhecida parábola do samaritano, em Lucas 10:25-37, Jesus nos ensina que, para cumprir o mandamento de amar o próximo, tão essencial quanto o amar a Deus, é necessário que nos aproximemos das pessoas por meio da compaixão e da bondade (v.33). Somos nós que devemos nos tornar os próximos delas pelo uso da misericórdia (v. 37). É essa a atitude que o Senhor quer que nós tenhamos para com as pessoas.

 

 

Deus amou o mundo e deu ao mundo o Seu Filho. O Filho amou o mundo e se deu às pessoas deste mundo. Elas precisavam de um pastor, e Ele veio para ser para elas o seu Bom Pastor e dar a Sua vida por elas.

Muitas vezes, preocupados em cumprir o mandamento de Jesus de proclamar o Reino e fazer discípulos, nos concentramos em aprender métodos e técnicas, em usar nossos dons e habilidades e mesmo em buscar imitar de perto a maneira como o Senhor fazia a obra. 

No entanto, não podemos perder de vista que Sua estratégia essencial era simplesmente amar os perdidos, compadecer-se deles, de suas necessidades e exercer misericórdia. Ir até eles, falar com eles, ouvir seus corações, entrar em suas vidas. E, então, anunciar a eles, com graça, verdade e poder, o Reino de Deus.

Não podemos andar com os pés de Jesus, tocar com Suas mãos, falar com a Sua boca se não tivermos o Seu coração, se não nos enchermos de misericórdia e compaixão pelas pessoas que Ele quer alcançar, por aqueles que estão cansados e desgarrados, como ovelhas sem pastor.

         Há, de fato, nesses dias, multidões de cansados e desgarrados. 

Se há uma carência neste mundo, não é de líderes carismáticos, de empreendedores eficientes, de cientistas geniais ou de intelectuais brilhantes. O que mais faz falta hoje para as pessoas desta nossa tão sofisticada e complexa sociedade moderna são pastores de alma, pessoas que se dediquem a buscar nos desertos as ovelhas perdidas, a trazê-las de volta ao Pai e a cuidar delas em nome do Bom Pastor.

Em outras palavras, é essa a essência do fazer discípulos de Jesus, quando consideramos a comissão mais pela essencialidade do amor do que pela exterioridade da tarefa.

         Esses têm sido tempos exaustivos para muitos. Dificuldades econômicas, financeiras, familiares. Lutas contínuas com as enfermidades, com as necessidades, com os medos e ansiedades. Não poucos têm perdido totalmente as forças e a esperança e se têm prostrado pelo caminho, sem conseguir continuar.

         As pessoas estão inseguras e sem direção. Não há líderes confiáveis em meio a uma guerra de discursos, ideologias, conspirações e interesses. O isolamento produz solidão, a solidão é péssima conselheira e má companhia. Os vínculos se fragilizam. Os encontros virtuais não suprem as necessidades de acolhimento e de afeto. Perfis em redes sociais não se relacionam. Apenas pessoas se relacionam.

         Mas, segundo Jesus, isso indica que os campos estão prontos para a colheita. Onde talvez vejamos apenas problemas sociais, o Senhor vê pessoas que precisam ser alcançadas pelo amor do Pai. 

 

 

Assim, antes de pensarmos nas responsabilidades dos governantes, precisamos considerar a nossa como discípulos, como Igreja de Deus. 

Os trabalhadores necessários e adequados para essa colheita do Senhor são aqueles homens e mulheres que receberam o Seu Espírito e, porque agora compartilham o Seu amor e o Seu coração, se compadecem dos cansados e desgarrados. 

São esses os que se tornam cooperadores do trabalho pastoral de Jesus, são esses os que fazem a obra do Pai e, assim, encontram sustento e sentido para suas próprias vidas.

         Temos, talvez, nos ocupado demais com uma tarefa que o Senhor recusou para si mesmo em Sua vida terrena: a de julgar e condenar as pessoas (João 3:17; 12:47).

         Os cristãos têm sido, frequentemente, mais reconhecidos por seus julgamentos e acusações morais, por se arvorarem em consciência da sociedade, por apontarem os pecados e os erros das pessoas, do que por sua misericórdia e compaixão com os perdidos, com os que sofrem, com os que estão exaustos e desgarrados.

         Esse é um papel que o mundo e o Inimigo - ele, sim, Satanás, o acusador - tentam nos impingir, mas que devemos veementemente recusar, em palavras e obras. 

A questão não é negar a realidade e a malignidade do pecado e a necessidade de salvação pessoal mediante o arrependimento, mas saber qual a nossa tarefa, como discípulos de Jesus, para com aqueles que sofrem as consequências da própria perdição, da opressão dos homens e do maligno e da decadência deste mundo.

         Jesus disse, mais de uma vez, que veio buscar os perdidos, demonstrar a eles o amor, a graça e a verdade de Deus e chamá-los ao arrependimento. Então, também nós devemos ir a eles, da mesma maneira, como discípulos e seguidores do Mestre, quer as pessoas nos recebam, quer nos rejeitem!

Irmãos e irmãs queridos, essa atitude de compaixão e misericórdia deve começar dentro da Igreja. Esta deveria ser o lugar de maior acolhimento e misericórdia, mas, não raro, se torna um ambiente cheio de acusações, julgamentos e cobranças. Muitas vezes, infelizmente, em nome de uma verdade separada da graça. 

Jesus veio trazer graça e verdade (João 1:14, 16-17). Se, de algum modo, dissociarmos graça e verdade teremos comprometido a essência do Evangelho de Jesus, nos desviando ou para o legalismo ou para a permissividade.

Nosso primeiro dever para com nossos irmãos e irmãs é amá-los como o Senhor nos ama, e não “tratá-los”, “corrigi-los” ou “consertá-los”. 

 

Se não tivermos primeiro a disposição de recebê-los, acolhê-los e amá-los não poderemos em nada cooperar com o propósito do Senhor em suas vidas, por mais que sejamos capazes de identificar erros e de prescrever correções. 

No trato uns com os outros, devemos, segundo a exortação apostólica, nos revestir de “ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Colossenses 3:12). 

Jesus não é coach, gestor de vidas, gerente de almas, chefe de religião, guru, influenciador, animador, terapeuta emocional, conselheiro comportamental, instrutor neural, administrador de obra, gerente de projetos ou consultor de qualquer coisa. Ele é Senhor, Salvador e Pastor! Ele é o Verbo encarnado, o Filho enviado pelo amor do Pai, o Filho do Homem que veio para anunciar o Reino e para morrer na cruz por nossos pecados.

Nesses dias, temos meditado sobre o ministério pastoral de Jesus. Ele é o bispo e pastor das nossas almas, o Supremo Pastor, o Bom Pastor. Ele nos buscou quando estávamos exaustos e desgarrados e nos trouxe ao Seu aprisco. Pertencemos a Ele, amamos a Ele. Agradá-lO não é um serviço pesado a nós imposto, mas, sim, nossa maior alegria.

Nós fomos chamados para sermos seus discípulos e andarmos como Ele andou, para, como Ele, realizarmos a obra do Pai e cooperarmos com Seu eterno propósito de ter uma família com muitos filhos.

Louvado seja o Senhor, porque há, ainda, homens e mulheres dispostos a atender a essa vocação, que entendem que, assim como o Filho foi dado ao mundo, pelo Pai, o Filho também nos deu ao mundo, como Sua Igreja, Seu corpo vivo para atuar aqui até que Ele venha.

“Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês” (João 20:21). 

Quer dizer, fomos enviados com o mesmo propósito, com a mesma graça, com o mesmo Espírito, com a mesma verdade, com o mesmo amor, com a mesma compaixão e misericórdia.

Que a suficiente graça de Jesus seja com todos.

 

Seu conservo,

 

Fernando

 

 

“Pero todavía existen pastores
Que por las montañas a buscarlas van
Y cuando las hallan las traen al camino
Al camino bueno, la verdad y la vida
Que es Cristo el Señor”

                                           (Marcos Witt)

quarta-feira, 14 de julho de 2021

 Abril e maio

 

 

maio chegou

e abril, distraído, ainda estava por aqui:

é que o sol, a chuva, o vento

e o giro do Planeta

não consultam os calendários

 

hoje, abril e maio de encontraram

 

gosto muito

quando abril e maio se encontram 

assim, ao acaso dos passeios cósmicos:

os olhos ainda úmidos de abril

já refletem o magnífico céu de maio

e o mundo parece mais limpo

mais certo

apenas suave e belo

 

abril ainda se lembra

das tormentas do verão

mas maio só consegue ser

uma imensidão azul de dia

e um manto cintilante à noite

 

abril e maio, eu e você 

 

 

Fernando Saboia Vieira

 

Brasília, ainda abril, mas já maio de 2020 AD

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Amar e Servir: Imagens de Deus no Casamento

 

Kim e Ecinele – Junho 2021

 

(Fernando Saboia Vieira)

 

 

Gálatas 5:13: “...sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor

 

 

O amor de Deus manifestado, na graça de Jesus, nos liberta de nós mesmos, do pecado, do nosso egoísmo, dos falsos amores, para que possamos nos oferecer livremente para amar a Deus e as pessoas.

No casamento isso se traduz como uma livre escolhade se entregar para amar alguém, com compromisso, afeto e cuidado por toda a vida. Dar-se em amor a uma pessoa,um homem ou uma mulher, não idealizado, mas encarnado, para viver uma vida verdadeira, com suas lutas, desafios, dores e alegrias. 

Uma expressão cotidiana desse amor a Deus e às pessoas é servir. Quem ama se oferece livremente como servo ou serva, no sentido bíblico do termo, que se refere não apenas a alguém que cumpre tarefas, mas a uma condição pessoal, uma vocação assumida diante de outrem.

No casamento, servir ao outro é dar-se a ele diariamente, assumir em sua vida essa condição de servo, de ser para o outro. A felicidade passa a ser uma construção compartilhada cada dia, pelo serviço recíproco entre os cônjuges, que são aqueles que compartilham juntos o jugo de Jesus.

Todo amor real é o fim de uma fantasia (FSV)Somos reais e só podemos oferecer um amor real quando conhecemos o verdadeiro amor de Deus. 

No casamento, vamos, a cada dia, a cada fase da vida,nos despindo das nossas fantasias de ser, de ter, de viver e de amar, para sermos, termos e vivermos uma realidade e uma concretude de amar que só é possível por meio da experiência desse amor de Deus, que nos alcança por Sua graça em Cristo Jesuspor meio da qual Ele nos aceita como somos e nos conduz com poder transformador no caminho de sermos quem Ele deseja que nos tornemos.

Assim, o amor de Deus precede e dá essência ao nosso amar, em qualquer das suas expressões, em qualquer tipo de relacionamento e, de modo especial, no casamento.

 

 

 

 

1) O Amor de Deus e o amor conjugal

 

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 

Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 

Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, as em que ele nos amou primeiro e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 

Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” (1ª de João 4:7-11)

 

 

a) A essência do amor de Deus e do amor dos filhos de Deus

 

amor precedente e originário de Deus é o amor ágape, que se oferece, que toma a iniciativa de dar-se, que se sacrifica pelo outro, que não busca os seus próprios interesses, mas sempre o bem do outro. Não procura realizar um ideal romântico ou uma fantasia do coração, mas a vontade do Senhor para o amado, a construção de sua real identidade com a qual foi criado. Esse amor concede ao outro a liberdade de ser quem é e se dedicar a cooperar para que venha a ser quem o Pai quer que ele seja.

Esse amor de Deus é o esteio e o fundamento dos demais amores, a amizade, afeição, o amor erótico.

Todos esses amores devem ter expressão própria no casamento, que é o único relacionamento em que eles estão reunidos, e, assim, se torna a experiência mais reveladora de Deus e das pessoas. Nenhum deles sozinho, apartado do amor do Pai e sem harmonia com os demais, poderá realizar o propósito do Senhor para o relacionamento conjugal.

Não se trata de uma fantasia romântica, nem de quem ama, nem de quem é amado, mas da expressão de uma realidade transcendente, eterna: quem somos, para que fomos criados, para que existimos. 

Tal amor deve ser manifestado, expresso, em todas as fases e circunstâncias da vida. Os votos solenes no casamento são uma declaração desse amor, que só pode existir e subsistir numa aliança: de Deus com os homens, entre os homens, entre um homem e uma mulher.

Não existe amor sem compromisso, sob pena de se tornar apenas a expressão de um instinto biológico ou de uma emoção fugaz, e não uma manifestação da Imagem de Deus.

 

b) O amor conjugal expressa a imagem de Deus no casamento

 

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher, os criou. (Gênesis 1:27)

 

“Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?

De modo que não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mateus 20:4-6)

 

Homem e mulher foram criados à Imagem de Deus, imagem que foi quebrada pelo pecado e que só pode ser restaurada pela graça de Jesus.

Quando se casam um homem e uma mulher, o relacionamento deles se torna uma expressão da Imagem de Deus em sua complementariedade masculina e feminina, na mutualidade, no dar-se um ao outro e um pelo outro, no serviço recíproco, no sacrifício e renúncia, na expressão das virtudes do caráter do Pai, como o amor, a misericórdia, a paciência, a benignidade, a bondade e tantas mais.

Esse é o fundamento cristão da indissolubilidade do casamento. O divórcio é uma desconfiguração da Imagem de Deus, não apenas a quebra de uma regra moral destinada a dar estabilidade à família ou à sociedade.

É como se alguém rasgasse ao meio uma fotografia de Deus, como se corrompesse uma expressão válida e verdadeira de Sua Imagem.

Essa expressão conjunta da Imagem de Deus no relacionamento entre homem e mulher no casamento é a pedra de esquinafundamento da vida do casal e o seu principal propósito.

Que o amor de vocês um ao outro expresse a Imagem de Deus ao longo da sua vida, em todas as circunstâncias e momentos.

Como fotografias em álbuns de família, que mostram mudanças, fases, lugares, amadurecimento, dificuldades, celebrações, as diversas expressões do mesmo amorconjugal na jornada de um casal são versões da Imagem de Deus, vivida e encarnadanão romantizada e idealizada, mas produto de escolhas, sacrifícios e compromissos e, principalmente, demonstrações da misericórdia e bondade do Senhor.

Aos casais, em qualquer fase da vida, proponho uma pergunta:

 

 

 

Que imagem de Deus uma fotografia do seu casamento hoje revelaria? O que precisa ser aperfeiçoado? Há esperança para todos os que vivem hoje dificuldades e lutas no casamento: Deus tem os originais desses retratos guardados em Seu coração! Ele não faz foto shop, mas restaura a realidade, transforma pessoas, mentes e corações.

 

 

2) O serviço é a conjugação existencial do verbo amar

 

Servir é a expressão cotidiana, existencial do amor.

 

O serviço, como expressão concreta de amar, exclui o egoísmo, o egocentrismo, a busca dos próprios interesses ecoloca o outro em evidência, em preferência, em atenção

 

Servir é conjugar o verbo amar em todos os tempos, modos, vozes e pessoas – singular, plural, passado, presente, futuro ...

 

Quando deixamos de servir logo passamos a buscar ser servidos, , então, muito certamente, teremos deixado de amar com o amor de Deus ou com qualquer amor legítimo.

 

O serviço expressa o amor de Deus em toda sua diversidade de cores, sabores e circunstânciaspois se realiza na alegria, no sofrimento, na misericórdia, na perseverança, na admoestação, no consolo, na bondade, no cuidado, no afeto, na lealdade, na verdade, na cooperação, na comunhão.

 

Que o amor de Deus por vocês e o amor de vocês a Deus sustente a vida de vocês, o amar e servir um ao outro, e que essa expressão da Imagem de Deus no relacionamento de vocês brilhe para a glória do Pai, para a felicidade de vocês e para acolher e atrair muitos para o Reino do Senhor.

 

Que a suficiente graça de Jesus seja com todos.

 

Fernando

 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Olhares e Horizontes

 

Para Paulo e Juçara,

uma fotografia em versos

 

Antigos olhares

Encontrados nas linhas do infinito

Que está sempre lá

Novos horizontes

Desenhados nas linhas do tempo

Que sempre se move

 

Perguntas descansam

Na certeza da companhia

Dos silêncios que viajam

Levados e trazidos

Pelos ventos e estações 

Emocionados 

Por tantas histórias

 

Atraídos e recolhidos

Integrados à paisagem

Sem pesos e sem desejos

Apenas em paz

Agora que a Vida se revela

No pertencer a tudo o que vive 

A tudo o que se move

A tudo o que encanta

 

As pessoas são os poemas de Deus


Fernando Saboia

 

Julho 2021 AD