Caros, publico aqui mais uma parte do meu livro "Uma Jornada em Busca da Vida Interior", a ser impresso em breve.
3) Uma jornada em busca da vida interior
O início da jornada
Nós estamos demasiadamente habituados a viver em função do mundo exterior. Em verdade, nossa experiência existencial primeira e mais definidora do nosso ser consciente é o nosso contato com a realidade física, biológica e social na qual nascemos.
Assim, constantemente, nos vemos ocupados e preocupados com os acontecimentos, circunstâncias, estímulos, informações e tensões que nos vêm do mundo exterior à nossa volta e que nos sobrecarregam a alma: eles enchem nossos pensamentos, pressionam nossa vontade, confundem nossas emoções. Também somos muito perturbados por nossas memórias e marcas de experiências do passado, que impactam quem somos e como reagimos ao presente, assim como por nossos sonhos e expectativas de futuro, que nos atraem e nos repelem.
Raramente estamos com a atenção no tempo presente e focados em nossa vida interior, onde em nós habita o Espírito Santo e de onde fluem as fontes profundas da nossa existência: a consciência de nossa existência pessoal, nossa identidade, nosso significado como seres humanos, o propósito para o qual existimos, o alvo para o qual devemos prosseguir, a percepção da Realidade espiritual que tudo envolve.
No entanto, fomos criados para viver uma vida cheia de significado pessoal, de sentido espiritual e de valor eterno. Temos que caminhar em direção a ela, nos afastando do que nos dispersa, seduz ou aprisiona, e nos aproximando de nossa origem e destino divinos, que transcendem esta experiência biológica e temporal.
Nossa vida só será abundante e plena se fluir da nossa comunhão íntima com Deus e essa comunhão só pode acontecer quando estamos atentos a Sua Presença dentro de nós e quando estamos completamente envolvidos num relacionamento pessoal com Ele.
Quero mencionar três passos nessa jornada em busca da vida interior. Os antigos mestres da espiritualidade da Igreja se referem a eles usando às vezes termos diferentes, mas sempre como práticas necessárias a uma união íntima com Deus.
São eles: o desprendimento, que nos leva a uma perspectiva espiritual e eterna do mundo em que vivemos; o recolhimento, que muda o foco de nossa atenção do exterior para o interior; e o encontro, que nos une a Deus, a nós mesmos e aos outros em amor, que é o objetivo final da jornada.
Embora formem uma sequência, esses passos estão muito ligados entre si, e são, de algum modo, simultâneos. Ao praticarmos um, estamos, necessariamente, também vivenciando os outros: à medida que me desprendo do exterior, eu me recolho ao meu interior; ao me recolher, encontro a Presença que habita em mim e descubro que essa Presença foi quem me guiou em todo o caminho do desprendimento e do recolhimento.
O desprendimento
Necessitamos do desprendimento porque estamos excessivamente ligados às coisas do mundo que preenchem nossa vida, nosso tempo, nossas tarefas nossos pensamentos e emoções.
É fundamental nos desapegarmos delas de coração para que possamos nos esvaziar a fim de sermos preenchidos pelo Senhor e pelas coisas do Seu Reino. Enquanto não fazemos isso, nossas mãos estão sempre cheias demais para receber os dons do Alto, nossa alma sobrecarregada demais de cuidados consigo mesma para depender do Pai e nosso amor dividido demais para substituir os medos pela alegria.
Esse desprendimento e esvaziamento são essenciais para que nossas renúncias não sejam perdas e frustrações, mas se tornem consagração e louvor, para que possamos viver em esperança, isto é, esperando totalmente em Deus.
Sobre essa esperança, Thomas Merton escreveu:
“Esperança sobrenatural é a virtude que nos despoja de tudo a fim de nos dar tudo. Ninguém espera por aquilo que já tem. Por conseguinte, viver de esperança é viver em pobreza, sem nada. E, no entanto, se nos entregamos à economia da Providência, nada do que esperamos nos faltará. A esperança é proporcional ao desprendimento. Ele introduz a nossa alma no estado do mais perfeito despojamento. É graças a isto que ela restaura todos os valores, dispondo-os no seu justo lugar. A esperança esvazia-nos as mãos, para que possamos trabalhar com elas.”
(“Homem Algum é uma Ilha”).
Os textos seguintes podem nos conduzir a uma reflexão sobre a natureza e o processo desse desprendimento.
1a aos Coríntios 7:29-31
1a de João 2:15-17
Mateus 6:19-21
2a aos Coríntios 4:16-18
Jó 1:20-22
Muitas vezes, sequer temos consciência do quanto somos presos ao mundo, uma vez que essa ligação é formada e fortalecida naturalmente, ao longo de nossa vida. Apenas quando nos convertemos e conhecemos o Reino espiritual é que nos percebemos prisioneiros de coisas materiais e efêmeras.
É, pois, necessário aprender a discernir o real do aparente, a substância da imagem, a percepção da realidade da própria Realidade, o efêmero do eterno. Os nossos sentidos físicos nos dão um acesso limitado ao ambiente em que estamos inseridos. O que conseguimos ver, ouvir, sentir e provar é uma pequena e limitada amostra do que existe. Temos que desenvolver nossos sentidos espirituais, regenerados pelo Espírito Santo, para compreendermos todas as coisas espiritualmente e descortinarmos novos mundos diante de nós e à nossa volta.
Nossa alma é eterna e imaterial e quer viver envolvida no universo total da criação, e não confinada a este mundo que conhecemos, limitada por nossos sentidos biológicos e experiências psicológicas.
A Palavra nos incita a nos afastarmos emocionalmente das coisas do mundo, sermos indiferente a elas, tanto as boas quanto as más, tanto no prazer quanto na dor, a desconectarmos nossos sentimentos delas, a nelas não colocarmos o coração, nem para temê-las, nem para desejá-las em si mesmas. Ter consciência de que são provisórias e efêmeras, de que não podem se constituir em nossos tesouros nem serem objetos de nossas preocupações ou ansiedades.
Não devemos amar o mundo nem as coisas do mundo, não podemos buscá-las como bens em si mesmos, mas aprender a usá-las sem possuí-las, sem sermos por elas controlados, sem nelas colocarmos nem nossa confiança nem nossos temores.
Alguma medida de ascetismo é necessária ao desenvolvimento espiritual. Embora seres encarnados, somos chamados a não pertencer ao mundo e vocacionados a uma vida eterna que nos levará muito além dele, no tempo e no espaço.
Temos que desenvolver uma visão espiritual das circunstâncias da vida, de nossas verdadeiras necessidades, do Reino de Deus, do Seu cuidado constante. Jesus nos convoca a contemplar a criação e a nela ver o poder e o cuidado do Pai e a confiar na Sua Provisão.
É necessário buscar o sentido mais profundo da renúncia, não nos limitando a atos externos, mas prosseguindo para uma condição íntima de coração, para uma transformação interior, para o desenvolvimento de um amor a Deus e de uma amizade com Ele.
Manter presente uma perspectiva e uma expectativa da eternidade, considerar as experiências presentes em relação ao seu valor eterno, seus frutos para o Reino de Deus. Essa é a essência do desprendimento a que somos vocacionados.
O recolhimento
Salmo 131
Salmo 42
Colossenses 3:1-4
Filipenses 4:8
Recolher-se significa dirigir a atenção para o mundo interior, para as coisas espirituais, para o transcendente, o eterno, o infinito, o santo. Fazer-se consciente da Realidade espiritual que nos envolve e que nos preenche, da qual usualmente percebemos apenas uma ínfima fração.
Implica simplificar-se, desvencilhar-se do que é supérfluo, excessivo, desnecessário, carente de significado real. É um movimento para dentro de nós mesmos que só pode ser feito se nos desembaraçarmos das exterioridades e atentarmos conscientemente para a Presença interior do Espírito e para o centro de nosso ser, onde repousa a essência de possa pessoalidade.
Para isso é necessário resistir aos apelos constantes do mundo, que nos enchem os sentidos de sensações, estímulos, tentações, distrações. É preciso buscar o silêncio interior, o sossego de alma, a paz da comunhão íntima com Deus.
Não é um simples exercício de concentração, mas tomar consciência da Presença interior do Espírito e ir ao encontro dela, estar e se colocar diante de Deus e de si mesmo.
O recolhimento significa uma atenção à Presença e à comunicação interior do Espírito, abrir-se para um diálogo contínuo com Ele, deixar que Ele nos revele quem nós somos, quais as nossas verdadeiras necessidades e potencialidades.
O recolhimento requer uma atitude de busca durante todo o dia, e não apenas nos momentos separados para meditação.
“O preço de um recolhimento verdadeiro é a firme resolução de não se interessar voluntariamente por nada que não seja útil para nossa vida interior.
O mundo demanda inutilmente nossas emoções e nossos apetites sensuais. O rádio, a impressa, o cinema, a televisão, os cartazes e as placas luminosas nos incitam perpetuamente a dissipar nosso dinheiro e nossa energia vital em satisfações fúteis e efêmeras. Quanto mais nós compramos, mais somos pressionados a comprar. Quanto mais se faz publicidade, menos nós ficamos satisfeitos com o que compramos.
E, no entanto, faz-se mais publicidade e nós compramos mais. Logo, tudo o que restará será o ruído, e a única satisfação do mundo será aquela das esperanças vãs e das aspirações jamais atingidas.
É preciso compreender que quase tudo o que nós lemos nas revistas ou nos jornais, e que vemos e ouvimos no cinema ou em outros lugares é absolutamente inútil sob todo ponto de vista. A primeira coisa a fazer para poder meditar é resistir fortemente aos apelos fúteis que a sociedade moderna nos dirige aos cinco sentidos. Vale dizer, mortificar nossos desejos.
Eu não me refiro aqui a extraordinárias práticas ascéticas, mas simplesmente às renúncias necessárias para viver segundo a razão e o Evangelho. Nos nossos dias, na América, tais renúncias podem se tornar heroicas. Na prática isso pode significar a renúncia às coisas supérfluas que nos chegamos a considerar como necessidades, ou pelo menos que adquiramos um domínio próprio suficiente para usá-las sem delas nos tornarmos escravos.”
(Thomas Merton, “Direção Espiritual e Meditação”).
O recolhimento reúne, integra e harmoniza as atividades exteriores e interiores da alma, a partir da comunhão íntima com Deus. Quando estamos recolhidos em Deus, mantemos o comando de nossa vida em Suas mãos e permitimos que Ele governe nossos pensamentos, vontades e ações, a partir do Seu eterno propósito e não de nossas ansiedades e conflitos.
Podemos estar recolhidos mesmo em meio a nossas tarefas cotidianas, pois se trata de manter uma atitude, uma perspectiva, uma consciência e atenção em Deus, e não de algo que propriamente fazemos ou não fazemos.
De fato, às vezes é mais fácil manter a alma recolhida enquanto trabalhamos e ocupamos as mãos e a mente no que precisamos executar do que quando nos esforçamos em algum exercício de concentração mental.
Precisamos aprender a conversar com nossa alma, sossegá-la, acalmá-la, falar a ela sobre as coisas do Alto, aquietá-la em Deus.
Fazemos isso trazendo à memória as verdades e realidades espirituais, “aquilo que lhe pode dar esperança” (Lamentações, 3:21, ARA). Lembramos quem somos em Jesus, Seu cuidado por nós, Seus feitos poderosos. Quando ocupamos o pensamento com tudo o que é “verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, de toda virtude e louvor”, com tudo o que pertence ao Reino e a nossa nova vida em Cristo, então nossa atenção se fixará no Senhor e em nossa comunhão íntima com Ele e poderemos contemplá-lo e sermos por Ele transformados.
O Salmo 131 bem pode servir como roteiro para esse percurso, seguindo da humildade para o recolhimento, e do recolhimento para a espera em Deus.
Davi começa falando da humildade do seu coração, do seu olhar e da sua busca. Consideremos o esvaziamento de Jesus e busquemos nós mesmos assumirmos conscientemente nossa posição de humildes criaturas diante do Deus Altíssimo Criador de todas as coisas.
São nossos olhos altivos ou baixamos nosso olhar diante da grandeza do Pai? E nossos desejos? São, talvez, “elevados demais”?
Reconhecendo nossa condição de criaturas, busquemos nos manter humildes diante d’Ele. Não vamos colocar nosso coração em grandes projetos, em coisas tremendas, mas trazê-lo dócil à vontade do Pai. O recolhimento deve começar com a consciência de nossa absoluta carência do Senhor, assumindo a condição de sermos nada para que Ele possa ser tudo.
Fazer calar e sossegar a alma. Levar cada pensamento cativo ao senhor, cada palavra, cada conflito, cada sentimento, cada alegria, cada expectativa, cada medo, cada dúvida. Encontrar saciedade e contentamento na comunhão com Ele, saber que não precisamos de mais nada.
Muitas vozes perturbam nossa alma, muitas palavras e pensamentos se contradizem dentro de nós em nossos dilemas e confusões. É preciso fazê-los silenciar na Presença d’Aquele que sabe e que pode todas as coisas.
Recolhimento é um caminhar, um exercício, um diálogo contínuo, uma amizade que desenvolvemos com o Senhor a cada passo.
Humildes e sossegados, aprendamos a esperar em Deus, a deixar que Ele assuma o comando de tudo, para fazermos ou não fazermos, falarmos ou nos calarmos, agirmos ou não agirmos sob a direção do Seu Espírito.
O fruto do recolhimento é paz, sossego, mansidão, humildade e serviço. Recolhidos, ganhamos uma nova escala de valores e lidamos de modo diferente com as pessoas e com as circunstâncias da vida.
O encontro
Salmo 27:4, 8
1ª aos Coríntios 3:16
João 14:23
O terceiro passo da jornada em busca da vida interior é o mais difícil de descrever, embora seja também o mais simples. Na verdade, qualquer tipo de experiência espiritual verdadeira só é possível a partir de um encontro com Deus que nos revele quem nós somos e para que vivemos. No entanto, a vivência desse encontro pode variar imensamente de profundidade e de constância, podendo se tornar uma lembrança que vai se esmaecendo ao longo da vida ou vir a ser o próprio centro da existência.
Quando falavam na união da alma com Deus, os antigos se referiam a uma experiência íntima e completa de contemplação em que, sem palavras ou pensamentos, a Presença de Deus ocupa todos os espaços do mundo interior do adorador, como a nuvem sobre o monte, como a luz do meio-dia.
Esse experimentar direto de Deus, sem intermediações, sem limites, sem conceitos, sem qualquer tipo de obstáculo é nosso destino último como seres espirituais. É para esse alvo que caminhamos, foi para esse fim que o Verbo se fez carne e morreu numa cruz.
Esse caminho requer, sem dúvida, um processo de purificação de intenções, pensamentos e sentimentos sob Sua luz e no meio do fogo de Sua santidade.
Pensar puro, sentir puro, desejar puro, tudo isso implica uma redução, uma simplificação, um desembaraço de tudo o que é dispensável, passageiro e supérfluo. A medida do nosso encontro com Deus depende decisivamente da medida de nossa disposição de nos livrarmos de tudo o mais e de nos quedarmos diante d’Ele sem outra necessidade senão a de estar diante d’Ele.
É necessário, nessa jornada, o exercício frequente de se examinar, de se reconhecer por meio da consciência, da Palavra e do Espírito. Estar atento a essas três vozes no íntimo. É por meio delas que o Senhor ordinariamente nos fala, nos convence, nos revela, nos instrui.
Desse modo, nosso desprendimento e recolhimento produzirão um encontro conosco mesmos, uma revelação de quem somos, da essência de nossa pessoalidade, de nossa natureza e vocação.
Muitas coisas deverão ser removidas, purificadas, restauradas pela Presença do Espírito. Outras serão redimensionadas, reordenadas, colocadas em outro lugar, por causa do Reino. Outras serão formadas, criadas, chamadas à existência pelo Deus Criador.
Esse encontro da alma com ela mesma nada mais é do que uma consequência do seu encontro com Deus, do crescimento do seu amor por Ele, como resposta à descoberta e gozo do Seu amor.
Uma disciplina que pode cooperar para que essa experiência seja verdadeira e profunda é a meditação ou oração mental. Thomas Merton escreve sobre o especial valor e caráter dessa prática em Disciplina Espiritual e Meditação”:
“O que distingue a meditação religiosa é que ela é uma busca da verdade que provém do amor e uma busca de apreender a verdade não apenas pelo conhecimento, mas também pelo amor. É, em consequência, uma atividade intelectual que é inseparável de uma verdadeira consagração do espírito e de um grande comprometimento da vontade. O amor, em nossa meditação, aprofunda e clarifica nosso pensamento dando a ele um caráter verdadeiramente afetivo. Apreciamos então o valor escondido na verdade buscada por nossa inteligência.
Esse mover afetivo da vontade, que procura a verdade como um bem supremo, eleva a alma para acima do nível da meditação e transforma nossa busca da verdade numa oração repleta de amor respeitoso e de adoração que se esforça para atravessar a escura nuvem que se interpõe entre nós e Deus.
Nós nos arremetemos contra essa nuvem suplicando ao Senhor que a faça desaparecer, choramos nossa pobreza, nossa impotência, adoramos a misericórdia divina e Suas supremas perfeições, nós nos consagramos inteiramente a Ele. A oração mental se assemelha, assim, a um rojão. Inflamada por uma faísca do amor divino, a alma transportada por um ato de inteligência tão claro e direto quanto o rastro luminoso do rojão sobe aos céus. A graça que liberou as fontes de energia mais profundas do nosso espírito nos ajuda a nos elevarmos a alturas surpreendentes. No entanto, nossas faculdades próprias atingem rapidamente seus limites. A inteligência não consegue ir mais longe. Chega um momento em que o espírito interrompe sua trajetória inflamada como que reconhecendo seus limites e proclama a supremacia infinita d’Aquele que jamais pode ser alcançado: Deus. É então que nossa “meditação” atinge seu apogeu. O amor retoma a iniciativa e o rojão “explode” numa cascata de louvores. Ele lança numerosas estrelas incandescentes, ações de todos os tipos que exprimem o que há de melhor no espírito humano, e faíscas jorram da alma para glorificar a Deus antes de caírem por terra e morrerem no vento da noite.”
Essa união da alma com Deus nos traz uma nova consciência, entendimento e compromisso também acerca dos nossos relacionamentos com os homens. Não mais os temos como opositores e nem mais neles buscamos a satisfação de nossas necessidades. São criaturas como nós, objetos do amor paternal de Deus e da graça de Jesus. Descemos do Monte da Transfiguração para servi-los. Somos cheios do Espírito Santo para sermos enviados a eles. Sem conflitos na alma, podemos falar a eles sobre a paz e a reconciliação promovidas na cruz.
Uma palavra para o caminho
Tenho clareza de que tudo o que escrevi é superficial e provisório, mas também sei que o mais importante é o despertar para uma consciência amplificada e para uma busca mais intensa da Presença espiritual que reside em nosso mundo interior e da realidade que de lá flui para a eternidade.
O próprio Jesus é o Caminho a ser percorrido nessa jornada que nasce em Deus e nos leva a Ele mesmo. O Espírito que em nós habita é o guia, o condutor, o animador, o dinamizador, o verdadeiro adorador que nos vivifica e transforma.
Nossas limitações e fracasso não devem nos abater. O senhor já os levou em conta quando nos chamou “das trevas para sua maravilhosa luz”. Por isso veio habitar em nós, nos gerar novamente e nos revelar o Seu amor.
Vamos prosseguir cada vez mais humildes para um destino que descobrimos cada vez mais glorioso.
Que a suficiente graça de Jesus seja com todos.
Seu conservo e companheiro de jornada,
Fernando